Pré-candidato do Podemos à Presidência da República, o senador Alvaro Dias fez duras críticas ao sistema político nacional durante evento da Confederação Nacional da Indústria com os aspirantes ao Palácio do Planalto.
Segundo ele, o sistema atual cria barões da corrupção e precisa ser alterado. Ele disse que neste momento deveria ser promovida uma “refundação da República”.
“Venho pregando a refundação da República, que nasce sob a égide da lei, com o compromisso de todos respeitarmos a lei”, disse.
O senador defendeu um grande enxugamento no tamanho do Estado, privatização de empresas públicas federais, redução do número de ministérios e de parlamentares no Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores.
“São 146 empresas estatais federais com 504 mil funcionários pagos com o dinheiro do imposto do contribuinte. A reforma do Estado passa por grande programa de privatizações. Passa pelo Congresso com redução do número de senadores e deputados federais, deputados estaduais e vereadores, buscando um Legislativo mais enxuto, mais econômico e mais qualificado”, disse.
Para Dias, também é preciso acabar com os privilégios de servidores e quadros políticos do governo, como aposentadorias especiais e pagamentos extraordinários de diversas naturezas.
Ele ainda defendeu a reforma da Previdência e a tributária, dizendo que deve haver simplificação de tributos e impostos menores para a população de baixa renda.
“Os que podem mais pagam mais, os que podem menos pagam menos.”
Dias também criticou o número de partidos no Brasil e alegou que cláusulas de barreiras duras devem ser adotadas para garantir que siga existindo um número reduzido, porém qualificado, de siglas.
Ele ainda retomou aos problemas do sistema político e disse que é preciso um grande pacto com a sociedade para enterrá-lo.
“Se esse sistema prevalecer, ele continuará a fabricar barões da corrupção. Só um pacto nacional pela governabilidade.”
Preço da gasolina
Dias afirmou que, se eleito, irá acabar com a política de preços da Petrobras que permite reajustes diários no preço dos combustíveis.
Segundo ele, flutuações na gasolina deverão passar diretamente pelo gabinete da Presidência da República antes de serem implementados.