Presidente da França, prefeito de Nova York... Líderes políticos mundiais criticam fogo na Amazônia

    Enquanto isso, no Brasil, Bolsonaro culpa ONGs por queimadas, e Onyx Lorenzoni diz que desmatamento é um discurso da Europa para criar barreiras ao país.

    Líderes políticos internacionais estão usando as redes sociais nesta quinta-feira (22) para criticar as queimadas que acontecem na Amazônia. Entre elas estão o presidente da França, Emmanuel Macron, que está tratando o assunto como uma crise internacional, e o prefeito de Nova York, Bill de Blasio.

    O norte-americano, que no início do ano já havia criticado Bolsonaro e chamado o presidente do Brasil de um “ser humano perigoso”, foi ao Twitter dizer que a Floresta Amazônica, as comunidades indígenas e “o planeta inteiro” estão em risco devido às queimadas.

    O presidente da França, Emmanuel Macron, na mesma rede social, convocou integrantes dos sete países mais poderosos do mundo, o chamado G7, para discutir a crise ambiental do Brasil. Segundo ele, a “casa” que produz 20% do oxigênio do planeta está, “literalmente”, em chamas.

    O também francês e ministro da Europa e das Relações Exteriores de seu país, Jean-Yves Le Drian, divulgou um comunicado demonstrando preocupação com a situação do fogo na Amazônia.

    “As florestas tropicais desempenham um papel fundamental na luta contra as alterações climáticas. A França está muito preocupada com os numerosos incêndios, de magnitude sem precedentes, que afetam há várias semanas a Floresta Amazônica”, diz trecho do comunicado.

    Após as declarações dos franceses, Jair Bolsonaro foi ao twitter rebater Macron e disse que o governo brasileiro está aberto ao diálogo e a convocação de reunião do G7 sem a participação de países da região evoca uma mentalidade colonialista.

    - O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI.

    Além deles, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), o português António Guterres, também foi ao Twitter e disse estar “profundamente preocupado com as queimadas na Floresta Amazônica”.

    “Em meio à crise climática global, não podemos permitir mais danos a essa grande fonte de oxigênio e biodiversidade. A Amazônia precisa ser protegida”.

    Enquanto políticos mundo afora fazem críticas às queimadas, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, voltou a colocar a lançar suspeitas sobre ONGs internacionais.

    Mesmo sem provas, disse que as ONGs são suspeitas de estarem promovendo incêndios criminosos para tentar derrubá-lo do poder. "Nós tiramos dinheiro de ONGs", disse Bolsonaro ontem.

    O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse hoje que o Brasil cuida muito bem do seu meio ambiente e que não precisa de lições de nenhum outro país.

    Segundo ele, há uma “discurso” do desmatamento que visa, na verdade, “estabelecer barreiras ao crescimento e ao comércio de bens e serviços do Brasil”.

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