A derrubada de um veto presidencial no projeto que criminaliza quem espalha fake news com fins eleitorais colocou em pé guerra os deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Pelas redes sociais os dois estão trocando farpas e, enquanto Bolsonaro diz que Kim está fazendo a alegria da esquerda, o parlamentar ligado ao MBL diz que o filho do presidente da República é um “covarde” e está desafiando-o para um debate.
A briga começou após Kim apresentar um destaque que permitiu derrubar o veto de Jair Bolsonaro a um projeto de lei de 2011.
Ele prevê uma pena de 2 a 8 anos de prisão para quem faz uma denúncia sabidamente falsa à Justiça contra algum candidato com o intuito de prejudicá-lo na eleição.
E, é punido com a mesma pena quem, sabendo da armação, espalha a notícia – tratada como fake news – da denúncia para tentar prejudicar o candidato alvo do esquema.
Bolsonaro havia vetado o trecho que pune quem divulga, por redes sociais ou outros meios, a denúncia sabidamente falsa. Após articulação de Kim, o veto foi derrubado.
Após a derrubada, parte dos bolsonaristas começou a alegar que, graças ao trabalho de Kim, quem divulgar críticas ou notícias contra políticos poderá ser preso.
Eduardo Bolsonaro foi ao twitter e endossou o coro contrário ao deputado do MBL.
Ao ver a ação do filho do presidente, Kim começou a usar as redes sociais e fez duras críticas ao colega, chamado-o de covarde e desafiando-o para um debate sobre a lei que passou a valer após a derrubada do veto.
Em meio à troca de farpas, Kim soltou os cachorros e, para além do caso das fake news, disse que Eduardo Bolsonaro está alinhado ao centrão e não atua no combate à corrupção por devido a seu irmão mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), ser investigado no caso de Fabrício Queiroz.
Por fim, o deputado ligado ao MBL ainda divulgou um vídeo em suas redes sociais dizendo que ninguém será preso por divulgar notícias ou por fazer críticas a políticos em redes sociais.
Segundo ele, somente haverá punição para quem comprovadamente fizer parte de um esquema criminoso de divulgação de denúncias sabidamente falsas para prejudicar candidatos visando prejudicá-lo em eleições.