Uma das entidades que está negociando com o governo desde a semana passada para o fim da paralisação dos caminhoneiros diz que parte de sua base não está disposta a encerrar o movimento.
Segundo a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), diversas conversas com seus caminhoneiros estão sendo feitas desde ontem, após o anúncio da redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel, mas parte do movimento insiste em seguir com a paralisação.
A entidade diz que conseguiu, nessas conversas, estabelecer que caminhões com cargas hospitalares, com comida para escolas e com animais vivos sejam liberadas pelo menos nos bloqueios que estão no Paraná.
Apesar disso, mesmo naquele Estado, parte da categoria quer seguir mobilizada. O mesmo acontece com caminhoneiros ligados à entidade que estão em outras barreiras do país.
De acordo com a CNTA, os motoristas acreditam que a redução do preço do diesel por 60 dias pode ser somente uma maneira de o governo ganhar tempo. O temor é que, após o período, a situação anterior dos combustíveis volte a vigorar.
Além disso, acreditam que a redução de impostos ainda não está suficiente, e pleiteiam uma redução maior.