A Polícia Federal e o Ministério Público deflagraram na manhã de hoje uma nova etapa da operação Lava Jato. Com foco no PSDB, ela tem como alvo o ex-ministro tucano Aloysio Nunes Ferreira e o operador Paulo Preto, que foi preso.
Ex-diretor da empresa paulista de infraestrutura rodoviária, a Dersa, Preto já havia sido pela Lava Jato em abril do ano passado, mas foi solto um mês depois por decisão do ministro do STF Gilmar Mendes.
De acordo com a PF e com o MPF, a nova etapa da Lava Jato investiga o pagamento de propinas a agentes políticos pela Odebrecht. Segundo informações iniciais, endereços ligados a Aloysio Nunes são alvos de mandados de busca e apreensão. Não há pedido de prisão contra o ex-ministro.
As investigações apontam que as contas de Paulo Preto movimentaram pelo menos R$ 130 milhões.
Além de pagamentos em espécie a diversos agentes públicos, as contas teriam sido usadas para a emissão de um cartão de crédito em favor de Aloysio Nunes, que teria sido entregue no Hotel Majesticc Barcelona, na Espanha, em 2007.
Ao pedir a prisão de Paulo Preto, os investigadores disseram que em 2017, ao perceber a cooperação da Suíça com a Lava Jato, Paulo Preto conseguiu transferir recursos que mantinha naquele país para as Bahamas.
Por isso, sua prisão se faz necessária para que ele não atrapalhe as investigações e nem esconda recursos de propina que circulam por contas off shore.