Na denúncia que enviou ao Supremo Tribunal Federal contra a cúpula do PP no início do mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, exigiu o pagamento de R$ 1,138 bilhão por parte do acusados, caso sejam condenados, para o ressarcimento da Petrobras e a reparação de danos materiais e morais causados pelo desvio de recurso públicos.
O valor, diz Janot, deve ser dividido entre os 12 denunciados. Na lista, estão o senador Ciro Nogueira, o vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, o líder do governa na Câmara, Aguinaldo Ribeiro, além de Arthur Lira, Benedito Lira, Eduardo da Fonte, João Pizzolati, José Otávio Germano, Luiz Fernando Ramos Faria, Mário Negromonte, Nelson Meurer e Pedro Henry.
Diz Janot na sua denúncia:
“[Requer] a condenação dos acusados, de forma solidária, à reparação dos danos materiais e morais causados por suas condutas, nos termos do art. 387, IV, do Código de Processo Penal, no valor mínimo de R$ 780.800.000,00 (setecentos e oitenta milhões, oitocentos mil reais)1, já que os prejuízos decorrentes da corrupção são difusos (lesões à ordem econômica, à administração da justiça e à administração pública, inclusive à respeitabilidade do parlamento perante a sociedade brasileira), sendo dificilmente quantificado.”
Para se chegar aos R$ 1,1 bi, o procurador ainda cobra outros R$ 357,9 milhões em favor da Petrobras.