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Governo corre para tentar aprovar reforma da Previdência no início de junho

E o balcão de negociações do Planalto está funcionando em sistema de plantão...

O governo Michel Temer encampou a estratégia de mobilizar sua base na Câmara dos Deputados para votar a reforma da Previdência ainda na primeira semana de junho.

O balcão de negociações está funcionando em sistema de plantão: como a distribuição de cargos e a renegociação de dívidas de empresas, exigências de deputados para reduzir a resistência à proposta.

A pressa do governo tem motivo: devido às festas juninas, a base entende que a primeira semana de junho é o limite para a aprovação da PEC da Previdência.

Isso porque, após a data, o Congresso será esvaziado pelos festejos de junho, em especial pela ausência de deputados do Nordeste, que não podem perder as festas sob pena de serem punidos nas urnas.

Depois disso, o Congresso estará próximo do recesso e, no próximo semestre, com negociações políticas para 2018 sendo feitas, deputados vão querer correr de um tema que hoje é considerado por eles como negativo e potencial redutor de votos.

Apesar do apertado calendário, a estratégia do governo, que envolve a renegociação dívidas de produtores rurais, para prefeituras e estados, juntamente com o atendimento a pedidos de cargos por deputados têm surtido efeitos positivos.

Hoje, ainda não há 308 deputados favoráveis à reforma, mas governistas dizem que conseguiram reverter alguns dos deputados contrários à matéria nos últimos dias.

O problema — além de ainda ter de correr atrás de mais votos — será lidar com as possíveis traições.

Em conversas reservadas com o BuzzFeed Brasil, dois deputados que foram contemplados com cargos disseram que, apesar disso, vão se posicionar contra a matéria quando ela chegar ao plenário.

Dizem estes deputados, que são da base mas acreditam que a matéria será rejeitada, que após a derrubada do texto, o Brasil precisará continuar. Em outras palavras, comentam que seus apaniguados ainda devem ter um bom tempo na máquina antes de serem exonerados após a apreciação da previdência.

Como ainda não possuem os 308 votos, governistas travam agora uma guerra de versões no Congresso.

Para minimizar o impacto das críticas à PEC por integrantes da base, dizem que estão orientando deputados que votarão a favor a fazerem manifestações contrárias à reforma para acalmar seus eleitores e não serem alvo de críticas antes do momento necessário.

Fora tais versões e discursos políticos, o que há de concreto hoje é a não existência dos 308 votos e o governo Michel Temer apostando todo o seu futuro nesta reforma.

No Palácio já se fala abertamente que, caso a PEC não seja aprovada, restará ao governo uma sobrevida até 2018 com um final melancólico.

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