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Futuro ministro de Bolsonaro critica a imprensa e pede "trégua" no começo do governo

"Precisamos ter um pacto. Por favor, tenham um pouquinho de paciência, um pouquinho de tolerância com a gente, nos deixe organizar o governo, deixa a gente governar, e aí nos critique, mas não comecem já a minar o que nem começou ainda."

No dia seguinte à eleição de Jair Bolsonaro, o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), pediu uma “trégua" à imprensa — que, segundo ele, vem tentando "há 12 meses" desconstruir o presidente eleito. Ele culpa veículos de comunicação por fazer uma campanha "do medo" contra o Bolsonaro.

“Eu acho assim: uma parte da imprensa brasileira, para a qual vocês trabalham, passou 12 meses tentando destruir moral, eticamente, politicamente, uma única pessoa. Essa pessoa conseguiu lá na rua o apoio da maioria absoluta dos brasileiros”, disse.

Segundo Onyx, não fosse essa atuação da imprensa, que para ele apostou na "política do medo”, Bolsonaro poderia ter alcançado os 70 milhões de votos (teve 58 milhões).

"A política do medo afastou alguns eleitores dele. Acho que é justo que a gente dê uma trégua porque o país é nosso, para vocês terem emprego, para vocês poderem produzir, para todo vocês viverem com dignidade no país.”

A declaração surgiu em meio a questionamentos sobre como o governo trataria a questão cambial e se iria ou não promover algum tipo de controle para fixar o preço da moeda.

O futuro chefe da Casa Civil disse que esse era um assunto para Paulo Guedes, o já anunciado futuro ministro da Fazenda, e, com a insistência dos jornalistas no tema, disse não ser justo tal cobrança no dia seguinte à eleição.

Por isso, sugeriu um pacto, dando a entender que a mídia deveria evitar críticas no início do governo, aguardando que a nova administração implemente suas políticas para somente depois atuar de forma mais crítica caso as políticas não dessem resultados.

"Eu estou propondo para vocês um pacto. Em nome do país que nós amamos. Ninguém quer sair daqui, nós queremos fazer o Brasil dar certo. Então precisamos ter um pacto. Por favor, tenham um pouquinho de paciência, um pouquinho de tolerância com a gente, nos deixe organizar o governo, deixa a gente governar, e aí nos critique, mas não comecem já a minar o que nem começou ainda, isso não é justo com o Brasil”, disse.

Dentro deste "pacto", Onyx também sugeriu que a equipe da nova administração poderia promover uma espécie de "perdão" à imprensa que considera crítica, se esta mesma imprensa sair da "linha de confronto."

"Tem que ter um basta, nós temos que ter um acordo e dizer: ‘ó, acabou a eleição, ninguém mais vai tirar a eleição do Bolsonaro, o Bolsonaro (inaudível) os quatro anos. Vamos fazer um pacto de dizer, ó, tudo que passou, passou, botamos uma pedra em cima, nós não olhamos mais para trás, a gente não reclama mais, agora vocês não podem manter a mesma linha de confronto que vocês mantiveram nos últimos 12 meses".

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