A briga entre o youtuber Felipe Neto e o partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL, que hoje ocorre nas redes sociais, deve deixar o mundo virtual e ser travada dentro do Congresso, mais precisamente na CPMI das Fake News.
Um requerimento para que Felipe Neto preste depoimento à comissão foi apresentado pelo deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE) e a expectativa de integrantes do colegiado é que ele seja aprovado na semana que vem.
O parlamentar quer a presença do youtuber na CPMI para debater o episódio em que Felipe Neto foi alvo de notícias falsas e de ataques nas redes bolsonaristas após distribuir 14 mil livros de temática LGBT na Bienal do Rio de Janeiro.
A ação foi uma forma de protesto contra o prefeito Marcelo Crivella, que tentou proibir a exibição e a venda da HQ "Vingadores: A Cruzada das Crianças", que tem uma cena em que dois personagens homens se beijam.
No Twitter, deputados bolsonaristas promoveram uma campanha contra Neto — cujo canal no YouTube tem 34 milhões de inscritos — e as hashtag #FelipeNetoLixo e #PaisContraFelipeNeto ficaram nos trending topics (os assuntos mais comentados da rede social) na última segunda-feira (9).
O youtuber, que nos últimos meses vem fazendo oposição ao PSL e ao governo Jair Bolsonaro em suas redes, acusou o partido do presidente de usar robôs para promover a campanha de difamação da qual foi alvo.
“No Twitter, a hashtag #PaisContraFelipeNeto começou a ser compartilhada e ganhou impulso. Dessa forma, a vinda do Sr. Felipe Neto, com o objetivo de prestar informações a CPMI, é fundamental. Referido youtuber acusa o PSL de criar a hashtag e colocar 'bots' para impulsioná-la e disseminá-la na web”, diz Gadêlha na justificativa de seu requerimento.