O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso na manhã desta sexta-feira no âmbito da operação Integração, um dos desdobramentos da Lava Jato.
Ele é suspeito dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa devido a um esquema que teria desviado recursos da concessão de rodovias do Anel Integração, no interior do Paraná.
É a segunda vez que Richa é detido por suspeitas de desvio de recursos públicos.
A primeira se deu em setembro passado, na operação Rádio Patrulha, quando a investigação tratava de dinheiro usado para a manutenção de estradas rurais. Ele foi solto quatro dias após a prisão por um habeas corpus do ministro do STF Gilmar Mendes.
No caso de hoje, informações iniciais apontam para desvios que podem chegar na casa dos R$ 55 milhões.
Além de Richa, também foi preso Dirceu Pupo, que era contador da ex-mulher do tucano.
Nas investigações, o Ministério Público identificou repasses em dinheiro vivo que teriam sido usados para a aquisição de imóveis através de uma empresa administrada pela ex-mulher de Richa, Fernanda, e pelos filhos Marcelo e André.
As investigações da Integração contaram informações prestadas por Nelson Leal Júnior, ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Estado do Paraná (DER/PR), que fechou acordo de delação premiada com a Justiça.