Autor de vários artigos científicos em revistas nacionais e estrangeiras, palestrante viajado, Wanderson Oliveira é um homem que durante anos atuou nos bastidores da saúde brasileira e ficou com sua face visível durante a crise do coronavírus.
Wanderson deixa o posto de secretário de Vigilância em Saúde nesta manhã, onde era um dos principais estrategistas do combate ao coronavírus, em meio a novas turbulências políticas e a volta das especulações de que o presidente Jair Bolsonaro vai demitir o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) por não concordar com as diretrizes de isolamento defendidas pela pasta.
No Ministério, ocupava a secretária de Vigilância em Saúde. Era o responsável por trazer dados e mapear todas as doenças que circulam pelo país, sua incidência e monitorava a situação geral da população não só para mortes causadas por vírus e bactérias, mas por demais condições que levem um paciente a morrer (como um infarto) ou até mesmo acidentes de trânsito.
Wanderson é um servidor experiente do Estado brasileiro. Com mestrado e doutorado em epidemiologia pela pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ele passou os últimos 16 anos trabalhando no Ministério da Saúde. Antes do coronavírus, ele esteve nas equipes que enfrentaram os surtos de influenza durante a Copa do Mundo (2014) e a crise do zika vírus durante a Olimpíada (2016).
Além do mestrado e doutorado, ambos pela Federal do Rio Grande do Sul, Wanderson fez especialização no Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EpiSUS) pelo Centers For Disease Control And Prevention – CDC (2003), centro norte-americano que é referência mundial em combate a epidemias.
Também fez especialização no Programa de Epidemiologia para Gerentes de Saúde pela Johns Hopkins Bloomberg School Of Public Health (2004), uma das mais renomadas do mundo.
O ex-secretário ainda é professor da Faculdade Oswaldo Cruz onde participou de pesquisas da gestão junto ao Centro de Integração de Dados e Conhecimento para a Saúde da “Plataforma de vigilância de longo prazo para a Zika e Microcefalia no âmbito do SUS (Plataforma Zika)”.