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Disputa por cargos já está aberta na campanha de Bolsonaro antes mesmo da eleição

Clima de já ganhou preocupa o presidenciável na reta final.

A quatro dias das eleições, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) tem demonstrado preocupação com o salto alto de parte de seus aliados e criticado internamente a disputa aberta por cargos na Esplanada dos Ministérios.

Tendo confirmado até agora somente três nomes para seu eventual governo — Onyx Lorenzoni para a Casa Civil, Paulo Guedes para a Fazenda e o general Augusto Heleno para a Defesa —, Bolsonaro tem visto as especulações e pressões crescerem para os demais cargos da Esplanada antes mesmo da vitória eleitoral.

Além dos já confirmado, outro fortemente cotado é o general da reserva Oswaldo Ferreira, para uma pasta que reúna a área de Infraestrutura do governo. Pesquisa Ibope divulgada nesta terça (23) aponta Bolsonaro com 57% dos votos válidos contra 43% de Fernando Haddad (PT).

Enquanto aguarda o resultado das urnas, o candidato tem dito a pessoas próximas que a configuração de poder que hoje está na campanha não deve se reproduzir automaticamente no governo.

Um dos exemplos é o caso do presidente do PSL, Gustavo Bebianno, um dos principais detentores de poder da campanha.

Citado em reportagens como possível ministro da Justiça, no núcleo mais próximo a Bolsonaro, o chefe do PSL tem sido alvo de fogo amigo.

Até mesmo o filho de Bolsonaro e vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos, fez críticas públicas a Bebianno nos últimos dias, após uma entrevista que o presidente do PSL concedeu ao jornal O Estado de S.Paulo.

Por favor, parem de especular 24 horas ao dia! Meu Deus! parece que tem gente que não vive sem falação exacerbada!

Reprodução/Twitter

Fora a ala do próprio Bebianno na campanha, outros grupos — como a chamada ala dos generais ou a dos políticos, encabeçada por Onyx Lorenzoni — acreditam que dificilmente Bebianno terá espaço na Esplanada e creditam a plantações do próprio Bebianno a possibilidade de ida para o Ministério da Justiça.

Devido a isso, dentro da campanha há quem tente emplacar no cargo Eliana Calmon, ex-corregedora nacional de Justiça.

Percebendo o espaço, ela própria tem se movimentado para ocupá-lo, e foi uma das vozes públicas a defender o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) quando veio à tona o vídeo em que ele falou sobre o fechamento do STF.

Outro que busca espaço de destaque é o deputado eleito e vice-presidente do PSL, Gulliem Lemos (PB). Também forte na campanha na campanha, ele quer ser líder do governo na Câmara. Suas movimentações nesse sentido têm incomodado Bolsonaro e as outras alas da campanha, disseram ao BuzzFeed News alguns apoiadores do capitão reformado.

Apesar de todos os nomes que pipocam, vindos de bancadas parlamentares ou de aliados de dentro da campanha, Bolsonaro tem evitado externar suas decisões.

Ele está incomodado com o clima de vitória antecipada e acredita que a definição de nomes antes do pleito pode enfraquecer sua campanha a poucos dias da votação.

Devido ao compasso de Bolsonaro, tal como acontece na Justiça, há uma disputa dos grupos que o apoiam para os demais cargos.

Nos últimos dias, os aliados dão como certo que o astronauta Marcos Pontes não deve ocupar o Ministério da Ciência e Tecnologia, mas sim ficar com a Agência Espacial Brasileira.

Para o comando do ministério, o nome mais citado é do presidente da Financiadora de Estudos e Pesquisas da pasta, Marcos Cintra.

No caso da Agricultura, que deverá ser fundida com o Ministério do Meio Ambiente, há outra disputa interna. Enquanto o presidente da União Democrática Ruralista, Luiz Antônio Nabhan Garcia, busca a vaga, parte dos integrantes da campanha defendem a manutenção de Blairo Maggi no cargo.

Nos últimos dias também tem crescido o nome de Mendonça Filho (DEM) para a Educação, que deve abrigar também os atuais ministérios da Cultura e do Esporte.

Para o Ministério das Relações Exteriores, os aliados apostam no nome de Maria Farani, diplomata e mulher do diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo.

Circula ainda entre aliados próximos de Bolsonaro a possibilidade de manutenção de Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central.

Em relação ao Congresso, há ainda uma indefinição sobre a presidência da Câmara. Ao mesmo tempo em que Rodrigo Maia (DEM-RJ) trabalha para se reeleger, bolsonaristas de primeira ordem, como o próprio Onyx, ainda buscam um nome alternativo para o posto.

No caso do Senado, é consenso na campanha a realização de um trabalho para evitar a eleição de Renan Calheiros (MDB-AL) para o cargo. Por isso, parte dos aliados de Bolsonaro defende o nome de Simone Tebet (MDB-MS) para o posto.

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