Em audiência de custódia que o encaminhou para um presídio federal, o autor confesso do atentado contra o presidenciável Jair Bolsonaro, Adelio Bispo de Oliveira, se classificou como da "esquerda moderada".
Adelio, que é missionário evangélico — segundo um de seus quatro advogados, eles foram contratados pela igreja —, disse que "recebeu uma ordem de Deus para tirar a vida de Bolsonaro".
Sobre possíveis motivações políticas para seu crime, Adelio disse que Bolsonaro é da extrema-direita e que, em sua visão, o presidenciável "defende o extermínio de homossexuais, negros, pobres e índios, situação que discorda radicalmente".
Adelio ainda alega ter agido sozinho e que não recebeu dinheiro de ninguém para cometer o crime.
Apesar da declaração, a polícia investiga a participação de outras pessoas no atentado.
Durante a audiência de custódia de Adelio, a juíza Patrícia de Carvalho não descartou a possível motivação política para o cometimento do crime.
A defesa de Adelio, por sua vez, alegou que o acusado sofre de problemas psicológicos, classificado no documento como "insanidade mental".
A magistrada, no entanto, disse que isso deve ser algo a ser tratado dentro do processo, e não numa audiência de custódia.