• newsbr badge

Moraes é a favor de prisão após segunda instância, mas isso não deve atrapalhar Lula

Como o antecessor Teori Zavascki, Alexandre Moraes defende as prisões após condenação confirmada em segunda instância. Tal posição, no entanto, deve ser minoritária porque Gilmar Mendes mudou de ideia...

Ministro com menos tempo de STF, Alexandre de Moraes revelou hoje o que pensa sobre a possibilidade de prisões após julgamentos em segunda instância.

De acordo com ele, apesar de a Constituição garantir a presunção de inocência, dois julgamentos seriam suficientes para determinar o momento que alguém deve ou não ir para a cadeia.

A posição do ministro foi explicitada durante análise de um recurso apresentado pelo deputado João Rodrigues (PSD-SC), que acabou condenado a 5 anos e 3 meses de prisão por crime em licitações.

Na Primeira Turma do STF, onde o caso foi julgado, Moraes, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux votaram pela execução imediata da pena. Não determinaram, no entanto, a perda do mandado, o que pode gerar mais um caso de parlamentar no regime semiaberto que dorme na prisão e vai à Câmara durante o dia.

CASO LULA

O voto de Alexandre de Moraes era importante pois dá uma dimensão mais clara de como o plenário do STF deve se portar quando analisar, mais uma vez, ações que pedem o fim das prisões após a segunda instância.

Algo que deve influenciar a situação do ex-presidente Lula, que foi condenado pelo TRF-4 e já enviou um habeas corpus ao STF pedindo que só seja preso após o esgotamento de todos os seus recursos.

Em 2016, quando decidiu pela execução antecipada das penas, foram favoráveis à tese os ministros Gilmar Mendes, Teori Zavascki, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Edson Fachin.

De lá para cá, duas coisas aconteceram.

Gilmar Mendes já disse que mudou de posição, e acredita, tal como Dias Toffoli, que as prisões só devem ser autorizadas após determinações do STJ.

Além disso, Zavascki morreu num acidente de avião.

Com isso, o placar que em 2016 ficou em 6 a 5 pela possibilidade de execução antecipada das penas poderia ser alterado para um novo 6 a 5, dessa vez contrário às prisões, ou até mesmo um 7 a 4, caso Moraes se alinhasse ao grupo de Toffoli e Gilmar Mendes.

Sem Moraes, permanece hoje a tendência do novo 6 a 5, com Gilmar mudando de posição e formando uma nova maioria com Toffoli, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello, que em 2016 já haviam votado contra a antecipação das prisões.

Utilizamos cookies, próprios e de terceiros, que o reconhecem e identificam como um usuário único, para garantir a melhor experiência de navegação, personalizar conteúdo e anúncios, e melhorar o desempenho do nosso site e serviços. Esses Cookies nos permitem coletar alguns dados pessoais sobre você, como sua ID exclusiva atribuída ao seu dispositivo, endereço de IP, tipo de dispositivo e navegador, conteúdos visualizados ou outras ações realizadas usando nossos serviços, país e idioma selecionados, entre outros. Para saber mais sobre nossa política de cookies, acesse link.

Caso não concorde com o uso cookies dessa forma, você deverá ajustar as configurações de seu navegador ou deixar de acessar o nosso site e serviços. Ao continuar com a navegação em nosso site, você aceita o uso de cookies.