O dia seguinte ao incêndio devastador que atingiu o Museu Nacional, no Rio, foi marcado pelo início da avaliação dos estragos — o acervo tem mais de 20 milhões de peças — e pela dificuldade das autoridades em explicar o que causou o fogo.
Fundado por D. João 6º em 1818 e mais antigo museu do Brasil, o Museu Nacional abrigava Luzia, como foi batizado o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, fósseis de dinossauros, múmias, artefatos egípcios e greco-romanos, além de diversas coleções.
O meteorito de Bendegó, descoberto no sertão baiano em 1784 e integrado ao acervo do Museu Nacional em 1888, foi um dos itens que resistiram ao fogo.
Peças foram retiradas dos escombros ao longo de todo o dia.
O clima era de comoção e revolta.
Muitos manifestantes compareceram para protestar contra o abandono do museu — que, subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), não vinha recebendo do governo federal os repasses integrais de seu orçamento para manutenção.
Houve confronto com integrantes da Guarda Municipal.
O governo Michel Temer divulgou nota dizendo que está em negociação com "entidades financeiras, empresas públicas e privadas", para a criação de uma rede de apoio econômico para viabilizar a reconstrução do Museu Nacional.
