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O Ciro falou muito mais do que "o Lula tá preso, babaca" no evento da UNE

"Alguém que tem a coragem de me chamar de fascista, não sei qual é a palavra que ele usa para chamar o Bolsonaro."

O candidato derrotado do PDT à Presidência no ano passado, Ciro Gomes, participou hoje de evento da UNE (União Nacional dos Estudantes) em Salvador e discutiu com apoiadores do ex-presidente Lula, que, durante a fala de Ciro, gritavam "Lula, guerreiro, do povo brasileiro".

"O Lula tá preso, babaca", repetiu Ciro três vezes.

A mesma frase havia sido usada por seu irmão, Cid Gomes, em evento durante o segundo turno presidencial entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

Na Bienal da UNE, Ciro também foi aplaudido e ouviu um coro de "Cirão da massa". Mas boa parte de seu discurso foi atrapalhado por gritos de guerra pró-PT vindos da plateia.

"Alguém que tem a coragem de me chamar de fascista, não sei qual é a palavra que ele usa para chamar o Bolsonaro", disse.

Ciro afirmou que o "campo progressista" sofreu "uma derrota profunda e humilhante" com a vitória de Bolsonaro na eleição presidencial.

"Nós não vamos entender a realidade se não partirmos de uma premissa: nós, o campo progressista brasileiro, sofremos uma derrota profunda", disse Ciro. "E as consequências dessa derrota profunda estão apenas se iniciando."

Segundo Ciro, é preciso entender as causas da derrota "para descobrir as pistas por onde a nossa luta deveria se dirigir".

Ele disse que houve "milhões de brasileiros pobres que nos abandonaram para votar num líder [que é] contra eles", dando como exemplo "neopentecostais, evangélicos, grupos carismáticos da Igreja Católica, mulheres e jovens".

"Todos esses, essa maioria esmagadora, votaram contra nós", afirmou Ciro. "Será que cabe chamar todos esses eleitores de fascistas? Só se quisermos nos descolar da vida do nosso povo", disse. "Para isso, ninguém conta comigo."

Ciro afirmou que a esquerda "desacostumou-se a discutir a questão econômica" e que "parte respeitabilíssima do campo progressista está se refugiando na agenda identitária".


"Segura as pontas aí, companheiro"

A plateia continuava gritando o nome de Lula. "Segura as pontas aí, companheiro, e vamos conversar, depois cada um sai com a sua ideia", disse Ciro.

"Sou amigo do Lula há mais de 30 anos", disse. "Todas as eleições dele eu ajudei."

Diante das manifestações da plateia, Ciro disse que "dói demais ouvir as coisas quando elas são verdadeiras".

"Tem coisa mais chata que um jovem estar num bar defendendo corrupto?", disse.

"Nós temos o maior líder popular brasileiro preso, condenado em duas sentenças que somadas dão 25 anos, isso é fato", disse.

"Eu avisei que, se a direita ganhasse a eleição, o Lula seria encarcerado por muito mais tempo."


Veja a participação de Ciro na Bienal da UNE:


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