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No WhatsApp, ataques de tropa bolsonarista ao STF e Congresso estão mais violentos do que nunca

No Twitter, presidente prega "harmonia" entre os Poderes. Só que análise das imagens mais compartilhadas pelo WhatsApp mostra o contrário.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e alguns apoiadores mais próximos estão fazendo um esforço nos últimos dias para dizer que as manifestações de apoio a ele convocadas para este domingo (26) não são um ataque ao Congresso e ao STF.

Acredito na harmonia, na sensibilidade e no patriotismo dos integrantes dos três Poderes da República para o momento que atravessa nossa Nação. Juntos, ao lado da população brasileira e de Deus, alcançaremos nossos objetivos! 🇧🇷

O discurso é que a pauta das manifestações é outra, menos radical – e assim tentam não ampliar os atritos institucionais que caracterizaram estes primeiros meses de governo Bolsonaro.

Brasil, as pautas da manifestação REFORMAS JÁ! são quatro: 1- Reforma da Previdência do Paulo Guedes; 2- Pacote Anticrime do Sergio Moro; 3- Reforma Administrativa MP 870; e 4- CPI da Lava Toga. COMPARTILHEM! 🇧🇷 Simples e sem drama. Isto é apoiar o Presidente e o Brasil.

Mas faltou combinar isso com a militância bolsonarista nas redes sociais.

Estas foram algumas das imagens mais compartilhadas ontem (21) em grupos acompanhados pelo WhatsApp Monitor, ferramenta criada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais):

Nos dias anteriores, o tom era ainda mais virulento, como nestas postagens de segunda-feira (20) – uma fala abertamente em fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

Esta convocação para as manifestações muito compartilhada no dia 26 já citava apoio ao pacote anticrime do ministro Sergio Moro (Justiça) e à Operação Lava Jato, mas abraçava uma pauta mais difundida entre as alas radicais do bolsonarismo: impeachment dos ministros do STF Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

A ferramenta da UFMG captura as imagens, vídeos, áudios, mensagens e links mais compartilhados em cerca de 300 grupos públicos de WhatsApp. Não é um retrato de tudo o que é compartilhado via WhatsApp porque a maior parte das trocas de mensagens é feita em conversas privadas, que são criptografadas.

Divisão na direita

As manifestações do dia 26 dividiram a direita e até o PSL do presidente Bolsonaro: o senador Major Olímpio disse que irá participar, enquanto a líder do governo no Congresso, a deputada Joice Hasselmann, e a deputada estadual Janaina Paschoal criticaram a ideia.

O MBL (Movimento Brasil Livre), que participou das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, anunciou que vai ficar de fora do ato pró-Bolsonaro pois ele tem um "caráter antidemocrático", segundo o deputado federal e líder do MBL Kim Kataguiri (DEM-SP), justamente por causa das convocações com pedidos de fechamento do Congresso e do STF.

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