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Aqui estão os trechos do vídeo que confirmam, sim, interesse de Bolsonaro em interferir na PF

"E me desculpe, o serviço de informações nosso, todos são uma vergonha, uma vergonha! Que eu não sou informado! E não dá pra trabalhar assim. Fica difícil. Por isso, vou interferir! E ponto final, pô!".

No vídeo da reunião ministerial, divulgado nesta sexta-feira (22) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, olhando diretamente para o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, que "iria interferir". Moro saiu do governo acusando o presidente de tentar interferir politicamente na Polícia Federal.

Em um trecho, o presidente afirma: “Pô, eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho a inteligência das Forças Armadas que não tem informações; a Abin tem os seus problemas, tem algumas informações, só não tem mais porque tá faltando realmente… temos problemas… aparelhamento etc. A gente não pode viver sem informação”.

"E me desculpe, o serviço de informações nosso, todos são uma vergonha, uma vergonha! Que eu não sou informado! E não dá pra trabalhar assim. Fica difícil. Por isso, vou interferir! E ponto final, pô!". Nesse momento, Bolsonaro olha diretamente para Moro. Entre os dois estava sentado o vice-presidente Hamilton Mourão.

Em outro trecho da reunião, Bolsonaro avisa que não esperaria ter problemas com familiares e amigos para intervir.

"Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira".

O vídeo faz parte de uma investigação onde Bolsonaro estaria interferindo na Polícia Federal. O ex-ministro Moro afirma que o presidente o pressionou para realizar uma troca política na Diretoria Geral da instituição, comandada então pelo delegado Maurício Valeixo.

Dois dias depois foi publicada a exoneração de Valeixo, que provocou a demissão do ministro Sergio Moro. Primeiro, o presidente defendeu a nomeação de Alexandre Ramagem, que cuidou de sua segurança durante a campanha, mas ele não foi empossado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Foi nomeado às pressas Rolando Alexandre de Souza, braço direito de Ramagem. Uma de suas primeiras medidas foi substituir o superintendente da PF no Rio.


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