No domingo (19), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez um discurso, em Brasília, durante protesto em que havia participantes pedindo intervenção militar e gritando palavras de ordem contra o Congresso e o STF. Os manifestantes também pediam o fim do isolamento social por conta da pandemia de coronavírus.
Durante seu discurso, Bolsonaro disse que "acabou a época da patifaria" e "não queremos negociar nada, queremos é ação pelo Brasil".
Os protestos geram reações no Judiciário, como o ministro do STF Luís Roberto Barroso...
Só pode desejar intervenção militar quem perdeu a fé no futuro e sonha com um passado que nunca houve. Ditaduras vêm com violência contra os adversários, censura e intolerância. Pessoas de bem e que amam o Brasil não desejam isso.
... e no Legislativo, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O mundo inteiro está unido contra o coronavírus. No Brasil, temos de lutar contra o corona e o vírus do autoritarismo. É mais trabalhoso, mas venceremos. Em nome da Câmara dos Deputados, repudio todo e qualquer ato que defenda a ditadura, atentando contra a Constituição.
Após participar dos atos, o presidente foi às redes sociais e compartilhou uma live com o presidente do PTB, Roberto Jefferson. Nela, o delator do mensalão fala em um "golpe" que estaria sendo tramado contra Bolsonaro.
. Live: https://t.co/sL7qU7qhPK
“A estrutura do golpe está sendo urdida e com o apoio da mídia, que faz questão de massacrar o presidente Bolsonaro, como se ele fosse um irresponsável. E a pauta do Congresso é inimiga do bom governo”, disse Jefferson.
Já na manhã desta segunda-feira (20), a postura do presidente foi outra. Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que as pautas da manifestação eram "a volta do povo às ruas e o Dia do Exército", celebrado no dia 19 de abril. Bolsonaro disse que as faixas pedindo intervenção militar poderiam ser de "infiltrados".
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"O pessoal geralmente conspira pra chegar no poder. Eu já sou presidente. Eu estou conspirando contra quem, meu Deus do céu? Falta inteligência para aqueles que me acusam de ditatorial. O que eu tomei de providencia contra imprensa, contra a liberdade de expressão? Eu sou contra as prisões que estão acontecendo pelo Brasil. Eu sou, realmente, a Constituição", disse hoje.
Ao ser interrompido por um apoiador que pedia o fechamento do STF, Bolsonaro falou: "Não tem essa conversa, aqui não tem que fechar nada. Aqui é respeito a Constituição brasileira. Supremo aberto, transparente. Congresso aberto, transparente".
