O prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), disse que, se não houver vacina para o coronavírus até fevereiro do ano que vem, o Carnaval na capital da Bahia deve ser adiado em 2021. Em entrevista ao programa "Manhã Bandeirantes", com José Luiz Datena, ACM Neto disse que planeja um calendário conjunto com outras capitais.
Ao ser questionado sobre a probabilidade da realização do Carnaval no ano que vem, o prefeito respondeu que precisará tomar uma decisão até novembro.
"Eu te garanto que não vamos permitir que a festa aconteça sem a segurança completa para população, o que significa dizer que, a menos que haja uma vacina até lá e a garantia da imunidade coletiva, dificilmente o Carnaval poderá ser mantido para o mês de fevereiro de 2021", disse.
ACM Neto disse que conversou com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e sugeriu que, em caso de adiamento, as novas datas sejam em maio ou junho.
"O que eu propus foi que Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, cidades que têm tradição no Carnaval, se juntassem para um adiamento conjunto, entre final de maio, início de junho de 2021. Ontem recebi um telefone do meu amigo [Bruno] Covas, prefeito de São Paulo, mostrando o seu interesse em participar dessa discussão. Caso a decisão mais segura seja a de não fazer o Carnaval, o caminho inevitável seria o adiamento, e se as principais cidades poderem se juntar para propor um calendário conjunto, seria muito bom. O Carnaval não é um elemento apenas de festa, mas também um elemento importante da economia e da geração de empregos".
No Rio de Janeiro, as escolas de samba do grupo especial se reunirão hoje, na sede da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa), para debater o futuro do carnaval carioca em 2021. Segundo a TV Globo, cinco das 13 escolas disseram que só irão desfilar com uma vacina contra a COVID-19.