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Primeiro ele saiu da prisão. Agora Rennan da Penha quer correr o Brasil com seu funk

DJ e produtor de funk conversou com o BuzzFeed News após sete meses preso.

O DJ Rennan da Penha, 25, era um artista em ascensão quando foi preso em abril deste ano. Ele ganhou projeção com o "Baile da Gaiola", evento de rua realizado no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, e que chegava a reunir mais de 20 mil pessoas.

Rennan foi preso por associação ao tráfico por supostamente agir como "olheiro" do tráfico no Baile da Gaiola, o que sua defesa nega. Sua condenação gerou comoção e alegações de injustiça de que sua prisão representava também repressão à cultura do baile funk.

Em primeira instância, Rennan foi absolvido pois a Justiça entendeu que as provas eram insuficientes, mas em segunda instância o DJ foi condenado a seis anos em oito meses.

Sete meses mais tarde, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre prisão em segunda instância, o artista foi solto por meio de um habeas corpus.

Após ganhar a liberdade, ele já lançou uma nova música e fechou contrato com a gravadora Sony Music. Rennan da Penha conversou com o BuzzFeed News sobre o futuro da carreira, o tempo preso e garantiu: se o Baile da Gaiola voltar, ele estará lá.

Abaixo, os principais trechos da entrevista.

***

BuzzFeed News – Enquanto preso, você pensou em parar de trabalhar como DJ ou produtor de funk?

Rennan da Penha – Pela primeira vez, eu pensei, sim, em largar a carreira, mas na segunda vez vi que não era o que Deus queria pra mim, eu conquistei muita coisa e podia ajudar muitas pessoas [Rennan ficou preso em duas penitenciárias no Rio, Bangu 2 e Bangu 9]. Hoje eu não penso em largar minha carreira, penso em daqui uns anos maneirar, diminuir a quantidade de show, tocar num espaço fixo onde possa tocar outros ritmos.

O Baile da Gaiola, que o projetou, não está mais acontecendo.

Se o baile voltar é certo eu vou voltar pra minha casa. Aquele baile faz parte de mim e eu faço parte dele. Não tem como ter o Baile da Gaiola sem o Rennan da Penha. Nenhum baile no Complexo da Penha não tem como eu não estar, foram muitos momentos bons, o baile ficava super lotado. Se voltar, é certo eu tocar.

Vemos uma cruzada contra os bailes de rua, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro. Como você vê esse movimento?

Enxergo esses casos como algo do nosso cotidiano, do dia a dia. São muitas dificuldades, mas vamos passar esses obstáculos.

Enquanto preso, seu trabalho repercutiu. Como foi ser premiado estando dentro da cadeia?

Eu concorri a um Grammy e venci um Prêmio Multishow. No dia que venci o Prêmio Multishow, queria estar lá pra receber o prêmio, quem não queria? Mas minha família foi lá e fiquei muito feliz com o resultado. Não esperava ganhar um prêmio de melhor canção com o funk, acho que isso nunca aconteceu no Prêmio Multishow.

Quais suas perspectivas pro futuro?

Quero levar meu som pro Brasil todo, pra grandes festivais. Vou conseguir.

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