O governo de São Paulo anunciou mil novos leitos de UTI como prevenção no combate ao coronavírus. O governador João Doria (PSDB) pediu para população não entrar em pânico e reafirmou que o estado, até o momento, não suspenderá aulas e não recomenda o cancelamento de eventos.
No Rio de Janeiro, o governo editará um decreto autorizando internações compulsórias de pacientes em estado grave. Já no Distrito Federal, o governo suspendeu as aulas da rede pública e privada por cinco dias.
Até o momento, o estado de São Paulo tem 46 casos de coronavírus confirmados: 44 deles na capital e dois no interior.
"Neste momento, 12 de março, não há nenhuma razão para pânico. Respondo por São Paulo, como governador eleito".
Além dos mil leitos, o governador anunciou outras medidas, como a compra de mais materiais de saúde e contratação de profissionais, além da ajuda do Governo Federal. Nesta sexta-feira (13), representantes do governo estadual deverão se reunir com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Doria também disse que, até o presente momento, não há nenhuma recomendação ou necessidade para o cancelamento de aulas ou eventos com grande aglomeração de pessoas.
"As razões [para não se tomar essa decisão] não são de ordem administrativa ou politica, são de ordem sanitárias. Não é instinto do governador. Com o devido cuidado para não levar pânico para população. Nós temos que tratar isso com bom senso, equilíbrio e reuniões diárias. Não é uma decisão de governo, é uma decisão de saúde".
Durante a coletiva, que contou também com a presença do prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), o coordenador do Centro de Contingenciamento do Novo Coronavírus, David Uip, confirmou a veracidade de um áudio do médico Fábio Jatene, que comentava uma reunião com o próprio Uip afirmando que São Paulo poderá ter 45 mil casos da doença no Estado.
"Ele é verídico e é cabeça de cirurgião. Cabeça de cirurgião cardíaco é assim: ele pontua, interpreta e resolve".