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Estes tuítes mostram o tamanho da indignação com empresários que menosprezaram as mortes do Covid-19

O dono do Madero e o Roberto Justus enfrentam backlash nas redes sociais. Já Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, mostrou que dá pra se preocupar com o futuro das micro e pequenas empresas e defender isolamento para evitar mortes.

A pandemia de coronavírus vem fazendo com que os governos no Brasil e no mundo tomem medidas de isolamento social como forma de evitar a disseminação do vírus num curto espaço de tempo, o que geraria uma alta demanda imediata e simultânea de aparelhos respiratórios e leitos de UTIs, gerando assim um colapso do sistema de saúde.

A pandemia também vem gerando uma crise econômica. Para tentar amenizar as consequências, o Governo Federal adotou medidas como o pacote de R$ 85 bilhões para estados e municípios. Também teve a Medida Provisória que protegia empresas e desprotegia empregados, permitindo suspensão de até 4 meses dos contratos de trabalho (sem salário) – da qual o governo recuou após a repercussão.

Alguns empresários brasileiros foram às redes sociais demonstrar preocupação com a economia e pouca sensibilidade com os possíveis mortos pelo vírus.

Junior Durski, dono da rede de restaurantes Madero, publicou um vídeo no seu Instagram dizendo que "as consequências que vamos ter economicamente no futuro vão ser muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora".

Já Alexandre Guerra, Membro do Conselho de Administração e sócio do Grupo Giraffas, fez um alerta: "você [funcionário] já se deu conta que ao invés de estar com medo de pegar esse vírus, você deveria também estar com medo de perder o emprego?".

Mais um "mestre da sensibilidade social" no setor do fast food, o CEO do Giraffas, Alexandre Guerra... Prestem atenção especialmente o 50o. segundo. Outro estabelecimento que não contará com o meu dinheiro no futuro.

Em entrevista à coluna Painel S/A, da Folha de SP, Guerra disse que gravou o vídeo na semana passada. "A gente só acha que as medidas restritivas do vírus estão sendo tomadas e a gente tem que seguir, mas a gente precisa ter medidas compensatórias. O custo para as pessoas vai ser enorme, gigantesco. Esse custo é humanitário também. Quando as pessoas perdem o emprego e o negócio, elas ficam doentes"

Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, também foi as redes sociais falar sobre os impactos econômicos. "Vamos fazer a maior crise da nossa história".

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Num áudio vazado, Roberto Justus ficou bem bravo com um dado compartilhado por Marcos Mion, dizendo que o Brasil previa 1 milhão de mortes por conta do coronavírus. Justus rebateu dizendo que o dado não condizia com a verdade e disse que não dá para comparar as mortes causadas pelo vírus com o impacto econômico gerado pelas medidas.

Via Linkedin, a empresária Luiza Helena Trajano, que comanda a Maganize Luiza, publicou um texto que contrasta com a visão dos outros empresários. Na publicação, ela se mostra preocupada com o futuro das micro, pequenas e médias empresas, mas faz questão de destacar a importância do isolamento.

No Twitter, o dono do Madero e Roberto Justus estão sendo criticados por gente de gente de esquerda, de direita ou sem posicionamento político claro, apenas em choque com a insensibilidade das declarações.

A dúvida que surgiu depois das falas dos capitalistas Justus e "Madero" é: A partir de quantas mortes eles começam a se IMPORTAR? Afinal, 5 mil, 7 mil, 12 mil mortes SÃO POUCAS para eles... Quantas MORTES SÃO NECESSÁRIAS para serem IMPORTANTES para os detentores do CAPITAL?

O dono do Madero no instagram: "eu sei que 5 ou 7 mil pessoas vão morrer, mas nós não podemos parar". Sua avó pode morrer. Seu pai também. O que não pode é o dono do Madero ficar sem lucro. Isso é inviável.

O áudio do Roberto Justus é podre. Não encontrei outra palavra que retratasse tão bem o que senti ao ouvir: nojo.

E teve gente lembrando da importância de ajudar os pequenos empresários no momento de crise.

Eu sou contra punir a empresa por ter dono idiota. No entanto o vídeo do dono do Madero me embrulhou o estômago. Sempre quis ir conhecer o hambúrguer de lá mas nunca irei. Tem tanta hamburgueria pequena boa. Ele certamente não precisa de mim e eu não preciso dele.

Além de lembrar do fato que as declarações dos empresários não ajudaram em nada nas suas imagens.

Alguém explica para esses CEOs — Havan, Madero, Giraffa’s, o Justus — que eles estão destruindo as próprias imagens? Alguém recomenda que olhem para CEOs europeus, americanos e asiáticos para que aprendam como líderes se comportam em público durante a crise?






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