Em meio ao pior momento da pandemia de coronavírus no Brasil, o ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), Nelson Teich, pediu demissão nesta sexta-feira (15).
Teich é a segunda troca no ministério em 28 dias. Ele assumiu em 17 de abril, após a saída de Luiz Henriquue Mandetta.
O agora ex-ministro e o presidente vinham mostrando divergências na política de combate a pandemia. Enquanto Bolsonaro falava em flexibilização do isolamento social e e ampliação do uso da cloroquina, Teich era contrário as medidas.
Mandetta, antecessor de Teich, saiu do governo após apresentar as mesmas divergências com o presidente. No Twitter, o ex-ministro publicou: "Oremos"
Nesta semana, as opiniões contrárias entre Teich e Bolsonaro tiveram seu ápice. Na segunda-feira (11), o presidente incluiu academias, salões de beleza e barbearias na lista de serviços essenciais. A medida foi tomada sem a consulta do seu ministro da Saúde, que tomou conhecido do fato durante entrevista coletiva.
Já na quinta-feira (14), em teleconferência com empresários, Bolsonaro assegurou que o Ministério da Saúde iria mudar o protocolo para uso da cloroquina, permitindo o uso em pacientes ainda em fase inicial de tratamento da COVID-19.
Até ontem, o Brasil registrava 202.918 casos confirmados e 13.993 mortes por conta do coronavírus.