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"Eles falaram o quanto queriam bater", diz Andreza, puxada pelo cabelo por PMs em protesto em SP

Vídeo de agressão de jovem viralizou nas redes sociais. Protesto era contra o aumento da tarifa do transporte em SP.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a ativista Andreza Delgado sendo puxada pelo cabelo por policiais militares durante protesto organizado pelo Movimento Passe Live (MPL), nesta quinta-feira (16), contra o aumento da passagem do transporte público em São Paulo.

Foi o terceiro ato do MPL contra o aumento das passagens. A manifestação começou por volta das 17h30, em frente ao Theatro Municipal, mas só conseguiu seguir até a Praça da República, onde se iniciou uma confusão entre policiais militares e manifestantes. A tarifa foi reajustada em R$0,10, passando de R$4,30 para R$4,40.

Em entrevista ao BuzzFeed News, Andreza destacou que nem por um momento a polícia informou o motivo da detenção.

#URGENTE | 🆘 A @andrezadelgado ajudava pessoas agredidas pela PM, quando a polícia A PUXOU PELO CABELO, JOGOU NO CHAO E ARRASTOU, além de golpes diversos dados nela e em mais pessoas que estavam protestando por direitos. #ProtestoNãoÉCrime Vídeo #MairaPinheiro (FB)

"Fiquei 45 minutos presa com um enforca gato [algemas de plástico] e não me diziam para onde eu ia e o porquê. Foi desesperador. Eles [policiais militares] falavam o quanto queriam bater nas pessoas da manifestação, não tinham remorso nenhum. Para eles, era como um esporte mesmo. Foi assustador, mas quando cheguei no DP, tinha a presença das pessoas do Passe Livre e dos advogados, e foi tranquilo", diz.

No total, 10 pessoas foram detidas. Um policial ficou ferido durante a manifestação.

Todos foram encaminhados para o 2º Distrito Policial sob acusações de desobediência.

Segundo o advogado de Andreza, Leandro Racca, os policiais também serão investigados por abuso de autoridade.

"Houve clara violação do direito de livre manifestação. Confiamos que a Polícia Civil, o MP e a Justiça façam a devida apuração dos crimes de abuso de autoridade praticados na abordagem", disse o advogado, que integra a Rede Aliança, rede de advogados que acompanha casos de violações de direitos humanos.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou:



A Polícia Militar, para garantir o direito à livre expressão e a segurança de todos, atuou no ato contrário ao reajuste nas tarifas do transporte público, realizado nesta quinta-feira (16). Após o deslocamento para a região da Praça da República, houve um princípio de tumulto que foi contido pelos policiais. Uma policial militar foi ferida durante a ação. Dez pessoas, sendo oito adultos e dois adolescentes, foram detidas por desacato e lesão corporal. Todos foram encaminhados ao 2º DP e liberados após o registro da ocorrência. Os vídeos e relatos são analisados e as medidas cabíveis serão adotadas.

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