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Tem falsificação à venda na Oscar Freire, a rua das grifes de São Paulo

Na rua conhecida pelas marcas caras, uma galeria comercial vende imitações de produtos de luxo por preços muito menores do que o das peças originais.

A rua das grifes em São Paulo agora também vende falsificação de produtos de marcas.

A Oscar Freire, que reúne as marcas mais caras e excludentes do país, ganhou uma galeria comercial que vende imitações de produtos de luxo por preços muito menores do que o das peças originais.

Inaugurada em dezembro do ano passado, a Galeria Oscar, na esquina com a rua da Consolação, tem estandes com roupas, acessórios e aparelhos eletrônicos, e lembra um shopping de regiões populares como a 25 de Março, em São Paulo, ou o Saara, no Rio. É lá que estão as réplicas.

O tênis Ace, de couro branco com uma abelha bordada em dourado custa R$ 2.710 na Gucci. Na Oscar Freire, a réplica (que o vendedor classifica como “De primeira linha!”) custa menos de um décimo: tênis de courino branco, com o bordado de abelha, sai por R$ 160.

Por R$ 189, dá para comprar um mocassim com debrum de pelos. Um modelo parecido, mas de grife, custa R$ 4.800 na Gucci.

Tem falsiê pra quem gosta de tecnologia: uma capa para iPhone X em material que imita couro e usa o logo da Apple sem ser da marca custa R$ 100 — contra R$ 749 da original.

Já a pulseiras de Apple Watch com a logomarca da grife americana Supreme em parceria com a francesa Louis Vuitton saem por R$ 100 cada uma na galeria, mas só pode ser encontrada lá. Nenhuma das três marcas vende o produto, provavelmente criado no mercado pirata.

O BuzzFeed News procurou a administração da Galeria Oscar, que afirmou, por e-mail: “Nós desconhecemos esse fato, mas vamos averiguar e tomaremos imediatamente as medidas cabíveis”.

A Associação Comercial dos Jardins afirma que a galeria não faz parte do seus quadros. “A Galeria não é associada. Nem todos os estabelecimentos comerciais que estão nos Jardins fazem parte da Associação Comercial dos Jardins, somente os que têm a consciência do coletivo, do conviver em comunidade, ética e valores que não encontramos em todos lojistas”, afirmou o grupo em nota.

Mas tem cliente feliz com o novo nicho de mercado.

A vendedora Silvia Couto, 32, escolhe camisetas de R$ 20 na galeria. “Ainda bem que agora tem opção para pobre aqui também”, comemora.

E dá uma dica: “Cê viu que abriu um Dia aqui do lado?”. De fato, a rua mais cara do Brasil ganhou nas últimas semanas um supermercado de desconto. “Não tá fácil pra ninguém”, brinca a vendedora.

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