O julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), começou às 8h30 em ponto e já irá para a fase de votação.
A leitura do relatório pelo desembargador João Pedro Gebran Neto foi o primeiro passo do julgamento. "Vamos julgar fatos", disse o magistrado. O relatório é um documento que narra tudo o que aconteceu na ação penal até aquele momento.
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Em seguida, o procurador Maurício Gerum falou pelo Ministério Público Federal, que é responsável pela acusação.
Ele disse que há provas documentais de que o tríplex foi reservado para Lula, como um contrato encontrado na casa do ex-presidente em que o número do apartamento foi rasurado.
"Lula se corrompeu", concluiu Gerum, que teve 20 minutos para apresentar os argumentos.
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O advogado da Petrobras, Renê Dotti, atuou como auxiliar da acusação e falou por 10 minutos.
Ele reforçou o ponto de vista do Ministério Público. Segundo ele, mesmo que os procuradores não apontem um ato de ofício de Lula na Presidência que tenha sido feito diretamente como contrapartida pelo tríplex, é possível caracterizar corrupção pelo fato de o ex-presidente ter influência política na estatal.
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Enquanto isso, em São Bernardo (SP), sindicalistas e petistas aguardavam a chegada de Lula na sede do Sindicato dos Metalúrgicos. Ex-presidente da sigla, Rui Falcão criticou o julgamento: "Vergonhoso. Só propaganda política."
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Em Porto Alegre, foi então a vez de o advogado Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula, fazer sua sustentação. Ele fez críticas ao Ministério Público e ao juiz Sergio Moro — Zanin diz que Moro não deveria julgar a causa.
"O pensamento da força-tarefa é de censura à defesa, de censura à academia e de censura ao povo", disse o advogado.
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Ele disse que não há provas documentais para condenar Lula.
"Essa ação nasceu num PowerPoint que já tratava o ex-presidente Lula como culpado", disse o advogado.
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Após um intervalo de cinco minutos, o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do caso, começou a leitura de seu voto. Logo no início, ele negou que Moro não pudesse julgar o caso e disse que seu voto será extenso.
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Desembargador Gebran Neto já adiantou que seu voto será longo...