Três especialistas brasileiros em fake news foram até o "NY Times" dar um bela bronca no WhatsApp

    Cristina Tardáguila, Fabrício Benevenuto e Pablo Ortellado disseram que é urgente que o WhatsApp, como empresa, tome alguma atitude sobre o que está acontecendo no Brasil.

    Cristina Tardáguila, Fabrício Benevenuto e Pablo Ortellado, especialistas brasileiros em fake news, foram até o jornal "The New York Times" para dar uma boa puxada de orelha no WhatsApp.

    .@WhatsApp made changes to stop lynchings in India. Why won't it do the same to protect Brazil's democracy? https://t.co/q7gXeJ0Xqm

    Cristina Tardáguila é a diretora da Agência Lupa, uma plataforma de checagem de fatos. Fabrício Benevenuto é professor doutor da UFMG e coordenador do projeto Eleição sem Fake, que conta, entre outras ferramentas, com um monitor de WhatsApp. Pablo Ortellado é professor do curso de gestão de políticas públicas da USP, doutor em filosofia coordenador do (Gpopai), Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação.

    Os três assinaram um artigo que lembra a responsabilidade que o próprio WhatsApp, como empresa, tem na disseminação das fake news, que estão envenenando as eleições e política brasileira.

    O texto diz ainda que atitudes positivas do Facebook e Google, que apoiaram iniciativas anti-fake news nas plataformas aqui no Brasil, podem ter empurrado o compartilhamento de mentiras para o WhatsApp, que não conta com qualquer tipo de monitoramento.

    Mais do que isso, deixa claro que é URGENTE que a empresa tome alguma atitute pare limitar o alcance das notícias falsas, como fez na Índia, quando linchamentos ocorreram por causa de boatos espalhados pela rede.

    Informamos ao WhatsApp nossa proposta e a empresa nos respondeu que não há tempo para implementá-las. Nós discordamos. Na Índia, após uma série de linchamentos causados por boatos difundidos no aplicativo, o WhatsApp conseguiu implementar mudanças em poucos dias.

    Na época, em poucos dias, o WhatsApp limitou a 5 pessoas o encaminhamento de mensagens. No Brasil este número está em 20. Além de sugerir igualar estes números, o texto dos brasileiros aponta ainda outras duas ações imediatas que a empresa poderia tomar: limitar o tamanho de novos grupos e limitar também o próprio envio de mensagens para um determinado número de pessoas (e não apenas a retransmissão).

    O artigo completo você pode ler, em inglês, no site do NYT.

    Veja também:

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