Na festa de Marta, teve samba e abraço em quem jurou que jamais a apoiaria

Ex-adversário e agora candidato a vice, ex-tucano Andrea Matarazzo se juntou à ex-petista num plano para impedir que Geraldo Alckmin seja candidato a presidente em 2018.

A senadora Marta Suplicy (PMDB) deu a largada na sua campanha para tentar voltar à prefeitura de São Paulo sambando.

Tatiana Farah/ BuzzFeed Brasil

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A convenção da ex-petista, agora no PMDB de Michel Temer, aconteceu na quadra da escola de samba Rosas de Ouro, na Freguesia do Ó. Quem chegava era saudado por dez baianas da escola. Quatro delas disseram que votam na ex-petista.

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Lá fora, os ônibus fretados por candidatos a vereador e lotados por cabos eleitorais complicavam o trânsito enquanto as autoridades eram anunciadas no palco. O ministro Gilberto Kassab (PSD), o presidente municipal do PMDB, José Yunes, Paulo Skaf, da Fiesp, que sonha com uma candidatura ao governo estadual em 2018, caminhava entre o povo tirando fotos.

Duas pequenas baterias se revezavam na animação do público, enquanto não entrava em cena a bateria da Rosas de Ouro, com estandarte e tudo. A Rosas, no entanto, mandou equipe modesta.

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Teve chuva de papel picado e muito samba.

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Marta Suplicy subiu ao palanque, ensaiando alguns passos. "Quem diz que São Paulo não gosta de samba não entende de samba nem de São Paulo", disse.

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Marta Suplicy encontrou o seu companheiro de chapa, Andrea Matarazzo (PSD).

Ex-tucano integrante da tropa de José Serra, ele já foi um crítico da ex-prefeita e do antigo partido dela, o PT.

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Há quatro meses, perguntado se poderia retirar a candidatura a prefeito para apoiar Marta, Matarazzo disse que era mais fácil uma "vaca voar", segundo o jornal "O Globo".

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, ele teria dito que era mais fácil um "piano voar" na mesma ocasião. Fato é que o animal ou o objeto bem pesado –invocado na metáfora–pareceu ter flutuado neste sábado.

Matarazzo elogiou tanto a ex-adversária que o presidente municipal do PMDB, José Yunes, gracejou: mais parecia um "encontro de confeitaria".

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Por trás de tamanha aliança houve uma costura feita em Brasília, por Temer, Kassab e o ministro José Serra, que temem o crescimento da candidatura de João Doria (PSDB) e uma eventual candidatura do governador tucano Geraldo Alckmin à Presidência em 2018.

"Tudo para evitar que Alckmin domine o mundo", brincou um assessor da campanha.

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Para abrigar Matarazzo na chapa, Marta teve de desalojar Marlene Campos Machado (PTB). Ela foi anunciada hoje como candidata a vice de Celso Russomanno (PRB).

      

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