Esta academia de Krav Maga começou a ensinar defesa pessoal para LGBTs

A ideia, que surgiu num grupo de amigos, deu muito certo e tem até vaquinha para membros que não conseguem pagar a mensalidade.

Era uma vez um grupo de amigos ligados à militância LGBT no Rio de Janeiro. Uma dessas pessoas, que morava do lado de uma academia de Krav Maga, teve uma ideia: começar uma turma LGBT de defesa pessoal.

Reprodução / Via Facebook: PiranhasTeamKM

Para Alisson Paes, membro do grupo, a iniciativa parecia improvável. Ele conta que, historicamente, pessoas LGBT não se sentem à vontade para frequentar os espaços das academias de luta, que são bastante hétero e cis normativos.

Mas a academia CT Tori, que oferece aulas de diferentes modalidades de luta, recebeu a proposta de braços abertos e concedeu um horário para a turma acontecer.

Reprodução / Via Facebook: PiranhasTeamKM

Assim nasceu o Piranhas Team KM, um grupo de praticantes LGBT de Krav Maga, também aberto para outras comunidades vítimas de violência, como as prostitutas.

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Através da luta, os alunos e alunas ganharam um espaço de convivência e autoafirmação.

Reprodução / Via Facebook: PiranhasTeamKM

Hoje já são dois horários dedicados ao grupo e em dois dias da semana. Cada horário tem em média 6 a 7 pessoas inscritas, incluindo homens e mulheres trans. A mensalidade é de 80 reais, mas o grupo se organizou para ajudar os colegas que não podiam pagar.

"Quando o professor descobriu que uma aluna trans ia desistir porque não conseguia pagar, ele abriu mão de parte do salário para mantê-la conosco. Daí a turma inteira se comoveu e resolveu ratear a mensalidade da colega, para que o professor também não saísse prejudicado. Não é obrigatório ninguém ajudar, mas a galera embarcou", disse Alisson.

A presença da turma na academia ajudou a quebrar barreiras e os membros já fazem exame de faixa.

Reprodução / Via Facebook: PiranhasTeamKM

Alisson explica que não sabia como seria a aceitação dos outros alunos da academia, mas que tem sido incrível, inclusive entre a organização durante os exames de faixa.

"Agora o desejo é que outras academias e grupos multipliquem a iniciativa, para que a gente ocupe cada vez mais espaço", afirma.

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Atualização (13/03/2017) 18:39

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