13 pessoas contam como perceberam que eram machistas

"Perguntaram porque eu achava que ela era uma puta e eu não soube responder."

Perguntamos aos leitores e leitoras da nossa página de Facebook como eles perceberam que eram machistas. Aqui estão as melhores conversas:

1. "Perguntei para uma amiga se ela sabia o que era 'mansplaining', ela disse que sim e expliquei mesmo assim."

"Quando perguntei pra uma amiga se ela sabia o que era 'mansplaining' e ela disse que sim. Mas, do mesmo jeito que rola o 'mansplaning', comecei a explicar pra ela o que o termo significava. Parei no meio e pensei: 'meu deus, eu sou um babaca'." — Pedro Clemente

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2. “Eu falava pra minha filha 'já pode casar' quando ela fazia algo elogiável em casa."

“Eu falava pra minha filha 'já pode casar' quando ela fazia algo elogiável em casa. Hoje, falo que ela já pode morar sozinha." — Bianca Marimba

3. "Quando eu dizia que a coleguinha era vagabunda por ficar com o marido da outra, mas não culpava o homem."

"Quando eu dizia que a coleguinha era vagabunda por ficar com o marido da outra, mas não culpava o homem, culpava a mulher. Sinto vergonha disso, hoje estou desconstruída." — Tayná Mendonça

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4. “Quando estava no hospital com a minha avó, vi um enfermeiro homem e pensei: ‘enfermagem é profissão de mulher’."

“Quando estava no hospital com a minha avó, vi um enfermeiro homem e pensei: ‘enfermagem é profissão de mulher’. Logo depois, me choquei com o que pensei. Profissão de mulher? Isso não existe! Toda as profissões são adequadas para todos os gêneros.” — Déborah Kolstok

5. "Fui percebendo que minha crença na rivalidade feminina era limitante e que na maioria das vezes em que precisei de ajuda na vida, era uma mulher que estava lá pra me acolher."

“Quando vivia falando que não existia amizade entre mulheres e que ter amigo homem era muito melhor porque mulher era muito fresca. Maior loucura da vida! Era pra ganhar biscoito de macho, apenas. Aí comecei a ver que os homens se defendiam, se ajudavam, se acobertavam e, muitas vezes, cagavam para minha grande consideração por eles. Fui percebendo que minha crença era limitante e que na maioria das vezes em que precisei de ajuda na vida, era uma mulher que estava lá pra me acolher. Ou seja, era só machismo meu. Conheci mulheres extraordinárias e fiz amizade com várias delas.” — Anna Luiza Araujo

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6. “Percebi que era um gay machista quando me dei conta de que ser afeminado não diminui ninguém."

“Percebi que era um gay machista quando me dei conta de que ser afeminado não diminui ninguém. Graças a internet e toda informação que tenho acesso, consegui desconstruir meus preconceitos e perceber que muito do que a gente diz que é ‘gosto’, na verdade é preconceito construído pela sociedade. Hoje eu acredito que as pessoas apenas precisam ser felizes, que assim elas não prejudicam os outros, e que a gente nunca deve falar de algo que não entendemos." — Felipe Gastardelli

7. "Comecei a faculdade achando que meu curso não era para mulher, mas hoje os trabalhos na área que mais admiro são desenvolvidos por mulheres.”

“Quando entrei na faculdade achando que o meu curso não era pra mulher (me formei em Ciência da Computação). Hoje em dia, depois de uma pós, os trabalhos na área que mais admiro são desenvolvidos por mulheres.” — Carlos de Carvalho

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8. "Perguntaram o porquê eu achava que ela era uma puta e eu não soube responder."

“Foi chamando uma garota que eu não gostava de puta. Me perguntaram o porquê eu achava que ela era uma puta e eu não soube responder. Foi aí que percebi que poderia ter chamado ela de várias coisas, como insuportável, chata ou metida, mas optei por chamá-la de algo que remete ao gênero.” — Elvira Sobieski

9. “Quando me tornei mãe e percebi o quanto culpava mães."

“Quando me tornei mãe e percebi o quanto culpava mães. Uma vez estava contando pro meu esposo sobre uma mãe de um grupo que participo. Ela contratou uma babá que, além de cuidar do bebê, tinha a responsabilidade de cuidar de roupas, comida, higienização de brinquedos, das saídas com a criança, entre outras coisas. O meu esposo me ajudou a julgar a mãe. Após alguns minutos depois, virei pra ele e disse: 'você é essa mãe e eu sou essa babá!'. Além de julgar a maternidade alheia e não pensar onde está o pai nessa história, eu estava tapando os olhos pro machismo na minha própria maternagem.” — Mara Gonzaga

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10. “Quando ia ao estádio de futebol e todo mundo chamava uma bandeirinha de puta só por ela ser mulher."

“Quando ia ao estádio de futebol e todo mundo chamava uma bandeirinha de puta só por ela ser mulher e bandeirinha, uma ‘profissão de homem’. Sinto muita vergonha disso porque sempre frequentei estádios, sempre gostei de futebol e sempre me sentia uma ‘estranha no ninho’ quando ia. Eu sei que hoje os estádios de futebol continuam sendo um ambiente super machista, mas fico muito feliz de ver cada vez mais mulheres de todas as idades torcendo e se divertindo.” — Alice Castiel

11. "Percebi que sempre falava 'o autor', quando na verdade a maioria das autoras eram mulheres."

"Quando na faculdade nós costumamos reconhecer o autor(a) pelo seu sobrenome. Uma vez fomos questionados sobre como não percebemos que, na verdade, a maioria são mulheres e normalmente as retratamos como ‘o autor’. Peguei todos os textos que já tinham me indicado e fui ver quais eram autoras. Me surpreendi em como deixei isso passar.” — Zaira Simões

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12. “Quando ousei dizer a frase ‘pra ser promovida deve ter dado para o presidente/diretor/CEO da empresa’."

“Quando ousei dizer a frase ‘pra ser promovida deve ter dado para o presidente/diretor/CEO da empresa’. Eu nem me referia à empresa que trabalho, e sim a uma outra que mal conhecia. Não me perdoo até hoje por ter pensado isso, e ainda mais por ter dito em voz alta. Sinto vergonha ao quadrado. Por mais mulheres nas gerências de empresas. Porque nossa competência pede isso." — Liagreice De Medeiros Cardoso

13. "Depois que nosso filho nasceu, vi que essa concepção de que ‘homem não cresce’ é tão errada que comecei a colocar os pingos nos is."

“Quando casei, minha mãe e a mãe do meu marido diziam que ele não havia crescido, que ainda era um ‘meninão’. Casei e até a roupa que ele vestia de manhã eu escolhia. Depois que nosso filho nasceu, vi que essa concepção de que ‘homem não cresce’ é tão errada que comecei a colocar os pingos nos is. Hoje em dia, a gente cuida do nosso filho tendo as mesmas responsabilidades, ele limpa a casa e não se incomoda nem um pouco de eu dirigir o nosso carro o tempo inteiro.” — Fernanda Fontenelle

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