Alguns capítulos da história das brasileiras nos Jogos Olimpícos
De Wanda dos Santos, que era evitada por outras competidoras em Helsinque, ao ouro de Rafaela Silva no Rio.
1. Maria Lenk foi a primeira mulher brasileira a participar de uma Olimpíada. Foi em 1932 e ela competiu na natação.
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As mulheres estavam fora da primeira olimpíada da era moderna, em 1896, em Atenas, concebidos por Pierre de Coubertin – que era particularmente contra a participação feminina. A partir de 1900, as mulheres conseguiram participação em três esportes. Só em 1928 a participação feminina nos jogos passou a ser realmente significativa.
2. Piedade Coutinho esteve na segunda leva de brasileiras que foram a uma Olimpíada. Ela é a segunda na foto, tirada em Berlim em 1936, junto a Sieglinda Lenke, Scylla Venâncio e Maria Lenk.
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Piedade era chamada pela imprensa da época de "Garota Prodígio" e uma foto sua competindo na prova dos 400 metros foi a primeira a ser transmitida via telefone publicada em um jornal brasileiro.
3. Wanda dos Santos competia nas provas de corrida com barreiras. Esteve em Helsinque, em 1952, e em Roma, em 1960.
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Wanda enfrentou o preconceito por ser negra, além de mulher. Em Helsinque, as outras competidoras evitavam chegar perto dela.
4. Mary Dalva Proença foi a única mulher na delegação brasileira enviada para a Olimpíada de Melbourne, em 1956.
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Mary ficou em 14º lugar nos saltos ornamentais. Na foto, a chegada da chama olímpica e a delegação brasileira, entre outros países, ao fundo.
5. Em 1964, em Tóquio, Aída dos Santos estabeleceu uma marca que duraria 32 anos: o melhor desempenho feminino em Olimpíadas. Ela cravou um quarto lugar no salto em altura usando tênis emprestados, pois não tinha patrocinador.
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Aída apanhou do pai depois de seu primeiro torneio. Para ele, pobre tinha que ter um emprego que desse dinheiro, e ela não ganhava nada nas competições. O salto em Roma foi dado com o pé torcido.
7. Demorou um tempão para a primeira medalha, mas ela foi logo de ouro: veio com Jacqueline Silva e Sandra Pires, em Atlanta, 1996. Foi o primeiro ano do vôlei de praia nas Olimpíadas.
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De uma vez só foram duas medalhas na mesma modalidade estreante: Adriana Samuel e Mônica Rodrigues jogaram contra Jackie e Sandra na final e ficaram com a prata.
8. Nessa mesma olimpíada, tivemos mais uma prata no basquete e um bronze no vôlei.
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9. As primeiras medalhas individuais vieram em 2008, em Pequim. O destaque foi para o ouro da Maurren Maggi no salto em distância.
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Maurren saltou 7,04 metros.
10. No mesmo ano, Natália Falavigna trouxe a única medalha brasileira no taekwondo na história das Olimpíadas.
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Foi uma amiga de Natália que a convidou para treinar taekwondo. Na terceira aula, o professor disse: "se você continuar treinando, em dois anos vai ser campeã".
11. Nos jogos de Londres, em 2012, a Sarah Menezes conquistou a primeira medalha de ouro feminina no judô.
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Sarah treinava no Piauí lutando com garotos.
12. E a Adriana Araújo entrou para a história do esporte ao conquistar a centésima medalha olímpica para o Brasil – um bronze que também foi a primeira medalha feminina no boxe.
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13. No Rio, Yane Marques foi a segunda mulher a conduzir a bandeira brasileira na cerimônia de abertura. A primeira foi Sandra Pires, do vôlei, em 2000.
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Yane já faz parte da história do Brasil nos jogos pois ganhou a única medalha do pentatlo moderno para o país, em Londres, 2012.
14. Nesta olimpíada, a seleção feminina de vôlei pode ser tricampeã olímpica.
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Se isso acontecer, vai ser a segunda seleção a fazer essa campanha. A primeira foi Cuba, tricampeã olímpica nos Jogos de 1992, 1996 e 2000.
15. E a seleção brasileira de futebol feminino tem a terceira melhor campanha da história do esporte nos Jogos.
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Das 5 edições do esporte no evento, o Brasil ficou entre os quatro melhores em quatro edições, sendo duas medalhas de prata, em 2004 e 2008.
16. A caminhada é longa. Das 110 medalhas brasileiras na história, apenas 23 são femininas.
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17. Mas ninguém pretende parar.
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A judoca Rafaela Silva ganhou o primeiro ouro do Brasil na primeira Olimpíada realizada no país.
