Haddad e Marta brigam por autoria de Bilhete Único e corredores de ônibus

Atual prefeito diz que políticas públicas não são legado da ex-prefeita, mas do PT. Para o PMDB, Haddad "não tem o que mostrar". Os dois já foram aliados.

Eles já foram amigos e trabalharam juntos. Mas agora é guerra. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), quer disputar o legado da ex-prefeita Marta Suplicy (PMDB) nestas eleições. Segundo ele, é tudo do PT.

Reprodução/PT / Via macroabc.com.br

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Haddad foi secretário de Finanças de Marta em sua gestão na prefeitura paulistana (2001-2004). Desde a campanha ao governo paulista, em 2014, a relação dois dois azedou. E tudo piorou quando Marta deixou o PT, no ano passado, atirando contra os ex-companheiros.

Na sexta-feira (25), Haddad abriu guerra de vez contra a ex-petista.

Em ato para militantes do partido na capital, ao falar sobre vagas em educação infantil, disse que os feitos do governo dela são todos do partido: “Desculpem a sinceridade: não é da Marta, é nosso. É do PT.”

Geraldo Magela/Agência Senado

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"Se hipoteticamente eu deixasse o PT, o que não vai acontecer, eu ia levar o Prouni comigo, eu ia levar o Fies?", questionou o prefeito, referindo-se ao trabalho como ministro da Educação do governo Lula.

Heloí­sa Ballarini/Prefeitura de SP

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Ao lembrar que, nesse caso, ele era apenas ministro, Haddad citou ainda sua atuação à frente da prefeitura, dizendo que ela também pertence ao partido e não ao prefeito.

E o petista avisou sobre a disputa: "Isso vale para todo o resto".

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta foto de 2013, Marta ainda era ministra da Cultura e participava de um evento em São Paulo com o ex-amigo.

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Segundo a pesquisa Ibope divulgada na semana passada, Marta e Haddad estão empatados em segundo lugar na disputa municipal. Ela com 10% e ele com 7%. À exceção de Celso Russomanno, que lidera com 26%, os outros candidatos também estão embolados no segundo lugar, já que a margem de erro é de 4 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Dirigentes petistas avalizaram a postura de Haddad, que quer disputar as principais marcas do governo de Marta, entre elas o Bilhete Único, os corredores de ônibus e a criação dos CEUs.

No PMDB, as declarações de Haddad foram mal recebidas. "Não é fácil, não", disse o presidente do partido no estado, o deputado Baleia Rossi, se referindo ao argumento do PT.

"Essa é uma disputa (de Haddad) de quem não tem o que mostrar. Com isso, ele só enaltece a Marta como administradora", disse Rossi.

Pedro França/Agência Senado

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