Esta treta política entre uma chef estrelada e seus clientes ricos diz muito sobre o Brasil

Ela mandou o Bolsonaro praquele lugar e os comentários se dividiram entre ficar ultrajados com a opinião e com o "gesto vulgar".

A chef Helena Rizzo, considerada uma das melhores do Brasil, no sábado (6) postou esta foto junto com seus funcionários e usou não apenas o #elenao, como também o #elenemfodendo.

Ela é chef e sócia de três restaurantes incluindo o Maní, que em 2014 foi considerado o segundo melhor da América do Sul e 36º melhor do mundo. Enfim, um restaurante chiquérrimo e caríssimo.

Mas os clientes do Maní claramente têm uma opinião BEM DIFERENTE e foi aquele Deus nos acuda nos comentários.

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O babado extra fica por conta das influencers: a Lalá Rudge marcou todas as amigas também blogueiras para nunca mais irem lá.

Mas quem é Lalá Rudge, você diz? Uma das primeiras blogueiras e Instagrameiras de moda, que exibe seu estilo de vida de altíssimo custo nas redes sociais.

O pessoal da high society perdeu a linha que foi uma beleza.

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Nos comentários teve o rodízio completo: mandaram fazer marmita pros presos da Lava-Jato.

Podia faltar o "vai pra Cuba"? Claro que não.

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Nem poderia faltar o velho truque de associar uma atitude "vulgar" com sujeira física.

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Interessante notar que, para uma parte do público, um restaurante para a classe alta não poderia se posicionar dessa forma.

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Sugerindo que quem concorda com a foto é apenas a classe baixa.

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Mas, também, muita gente ficou incomodada com a escolha de protestar com um gesto agressivo e uso de palavrões.

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Ela também recebeu apoio de outros chefs e blogueiros como a Dani Noce e, nesta segunda-feira (8), postou um esclarecimento sobre o gesto, mas sem retirar sua posição.

"Meu gesto é uma manifestação contra o preconceito, o machismo, o racismo, a homofobia e a misoginia" ela escreveu na legenda.

"O Maní é uma das cozinhas mais diversas que conheço, com brancos, negros, homens e mulheres, héteros e gays, gente do Brasil inteiro. Eles são minha família, pois é com eles que passo a maior parte do tempo. Assistir a um movimento crescente de intolerância que atinge boa parte dos meus colegas de cozinha me deixa extremamente consternada. Em nenhum momento manifestei posição partidária, não sou comunista nem socialista" adicionou.

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