Com temas politizados, este foi o carnaval do textão na avenida
Teve brilho mas também polêmica, recados certeiros e dedos na ferida.
No domingo (11) o desfile da Paraíso do Tuiuti chamou a atenção das redes sociais, principalmente esta fantasia de "vampiro neoliberalista".
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No desfile também teve "manifestoches": manifestantes-fantoches com camiseta da Seleção que tomaram conta do país.
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Isso não é alegoria, é diretaça.
Teve críticas abertamente direcionadas à reforma trabalhista.
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E uma relação entre a escravidão e o Brasil dos dias de hoje.
A Beija-Flor não ficou atrás e meteu o dedo em várias feridas.
Na avenida, uma comparação entre a história do monstro de Frankenstein – que é abandonado pelo cientista que o criou e é por isso que vira monstro – e o Brasil de hoje.
O título do enredo já era pesado: "Monstro é Aquele que Não Sabe Amar (os Filhos Abandonados da Pátria que os Pariu)".
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"Me chamas tanto de irmão / E me abandonas ao léu / Troca um pedaço de pão / Por um pedaço de céu", diz a letra.
Teve fantasias remetendo à "farra dos guardanapos" do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, hoje preso.
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Uia, essa doeu.
Teve carro alegórico mostrando a invasão militar na favela.
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No carro que representava a luta contra todos os tipos de intolerância brilhou Jojo Toddynho.
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E Pabllo Vittar de arco-íris era uma representação contra a intolerância de gênero.
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Parecia a She-Ra, linda.
Já a Mangueira mandou um ao vivaço para o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, colocando ele como JUDAS.
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E o desfile da Salgueiro foi uma faca de dois gumes: o tema foi uma homenagem à mulher negra, com esta Pietá revisitada.
Porém a bateria da escola se apresentou fazendo blackface, o que não condiz com a ideia de homenagear o povo negro.