Dez pessoas posaram nuas para celebrar a positividade corporal, e o resultado foi lindo
Uma revista canadense fez uma edição especial para celebrar a diversidade corporal e apresentou pessoas que sobreviveram a agressões sexuais, câncer de mama, distúrbios alimentares e outros. Atenção: este post contém nudez.
Todos os anos, a revista celebra a positividade e a diversidade corporal em uma edição especial.
Para 2019, o tema é o amor ao corpo. Dez pessoas foram convidadas para posar nuas e falar sobre o que o seu corpo representa para elas.
Como Franceta Johnson, artista que vivenciou de perto como o mundo da moda trata os corpos gordos quando trabalhou como estagiária em uma revista.
Samuel Engelking / Via Now Toronto
"Eu era a única gorda lá. Ninguém me disse: 'Você é muito gorda para estar aqui', mas todos os padrões que estavam sendo jogados contra mim funcionavam como um dissimulado: 'Você não pertence a este lugar'. Foi quando comecei a definir beleza por mim mesma, fora daqueles padrões."
"Eu fiz minha cirurgia peitoral há alguns meses. Isso foi decisivo para mim. É emocionante ser capaz de tirar minha camisa e me sentir confortável. Eu não me importo com as cicatrizes – elas são parte de quem eu sempre quis ser."
Shirzana Mitha recebeu um transplante duplo de pulmões e hoje carrega parte de outra pessoa.
Samuel Engelking / Via Now Toronto
"Me lembro de olhar no espelho depois da minha cirurgia. Eu estava colocando óleo de vitamina E nas cicatrizes para atenuá-las. Foi quando pensei: 'Por que estou tentando escondê-las? Elas são a prova de tudo o que superei.' Elas são minha medalha de honra, meu distintivo. Não quero mais cobri-las."
Jack Larmet é artista plástico, músico, pai e sobrevivente de estupro.
Samuel Engelking / Via Now Toronto
"Quando comecei a falar sobre isso com as pessoas, e especialmente quando comecei a lidar com esse trauma pela arte, abri caminho para a superação... Como ando, minha postura, tudo se transformou. Finalmente me sinto confortável em meu corpo."
A jornalista Danielle d’Entremont falou sobre sua recuperação de um distúrbio alimentar.
Samuel Engelking / Via Now Toronto
"Não estou mais olhando para a comida como 'boa' ou 'ruim' e me preocupando com fazer exercícios todos os dias. Foi uma grande mudança para mim. Nutrir o corpo parece simples, mas para mim é um ato de amor-próprio."
Mina Gerges também lutou contra um distúrbio alimentar enquanto conquistava a fama nas redes sociais.
Samuel Engelking / Via Now Toronto
"Quando viralizei, estava me recuperando de um distúrbio alimentar. Eu postava fotos minhas recriando fotos de celebridades, e as pessoas perceberam que eu estava ganhando peso a cada foto. Então começaram a tirar sarro do meu corpo, me chamando de gordo e feio. Isso me levou a retocar drasticamente todas as minhas fotos com o FaceTune."
A escritora Melanie Chambers aprendeu a apreciar sua força corporal e resiliência.
Samuel Engelking / Via Now Toronto
"Minha mãe e eu costumávamos assistir juntas às fitas VHS de exercícios da Jane Fonda. Lembro da Fonda dizer que foi só aos 40 anos que ela começou a acordar e não se sentir mais ansiosa com seu corpo. Agora que estou com meus 40 anos, parei de ouvir essas vozes internas incômodas. Eu ouço minha própria voz."
Chantel Spaulding superou a compulsão alimentar com musculação, mas isso em si também foi um desafio.
Samuel Engelking / Via Now Toronto
"Muita gente pensa que a musculação deve ser super saudável – é e não é. Não é saudável perder muito peso em um curto período de tempo. E competir realmente amplifica os problemas de imagem corporal, pois seu corpo muda muito, especialmente depois de um evento. Eu tive que aprender a aceitar essas oscilações."
Anshuman Iddamsetty disse à Now que tudo mudou quando decidiu ganhar peso.
Samuel Engelking / Via Now Toronto
"Eu quero demolir o sistema que, arbitrariamente, classifica um corpo como válido e outro não. Pessoas que desprezam outras e lhes negam tratamento igual, direitos humanos básicos e dignidade – quero que elas traiam suas ideias preconcebidas sobre o que o corpo é e não é."
Finalmente, Sheila Dobson, que passou por uma dupla mastectomia por causa do câncer de mama.
Samuel Engelking / Via Now Toronto
"A sociedade quer que eu tenha seios mesmo que eu não tenha, e isso é o que faz as pessoas se sentirem desconfortáveis. Esta foto serve para reivindicar quem eu sou e como me sinto. A autenticidade realmente é importante para mim e, na maior parte do tempo, esqueço que não tenho seios."
Você pode conferir a edição completa da Now Magazine aqui.
A tradução deste post (original em inglês) foi editada por Luísa Pessoa.