10 animais adoráveis que as mudanças climáticas estão matando

Nós vamos sentir falta de vocês, adoráveis pequenos amigos.

Laszlo Balogh / Reuters

Líderes mundiais se encontraram alguns dias atrás em Paris para falar sobre como combater as mudanças climáticas. Aqui estão alguns animais cujo futuro está em risco.

As mudanças climáticas têm a ver com uma modificação das tendências do nosso meio ambiente, então é quase impossível afirmar que algumas espécies estão correndo perigo de extinção somente por conta delas. No entanto, várias espécies estão sofrendo extinções em massa (o mundo perdeu 50% de sua vida selvagem nos últimos 40 anos, de acordo com a Federação Mundial de Vida Selvagem) e os cientistas vêm nos alertando que as mudanças climáticas podem estar desempenhando um papel fundamental nisso.

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1. Ochotona

Glacier National Park Service / Via Creative Commons

Também conhecidos como pikas, existem alguns tipos diferentes de ochotona no mundo, incluindo o ochotona princeps (acima) e seu primo ainda mais adorável, o ochotona iliensis. Tanto o princeps quanto o iliensis estão ameaçados porque seu habitat está sumindo -- conforme a temperatura sobe, eles são forçados a ir mais para o alto das montanhas onde vivem. O ochotona princeps pode morrer se for exposto a climas com temperaturas acima de 25 graus.

2. Leões-marinhos

Robyn Beck / AFP / Getty Images

Leões-marinhos famintos e moribundos estão aparecendo as praias da Califórnia, em números sem precedentes. Águas mais quentes no Pacífico estão permitindo a formação de grandes florações de algas que produzem uma toxina chamada ácido domóico. Essa toxina é consumida pelo peixe que come a alga. E quando os leões-marinhos comem esses peixes, eles estão basicamente ingerindo veneno. Ao mesmo tempo, as águas quentes estão forçando as sardinhas, que são parte da alimentação básica dos leões-marinhos a ir para o norte.

Os padrões de aquecimento do El Niño sempre causam esse tipo de problema, mas agora as coisas estão piores do que nunca e os cientistas dizem que a mudança climática é a culpada. O Instituto de Mamíferos Marinhos, que toma conta de filhotes doentes e encalhados, diz estar cuidado de mais leões-marinhos esse ano do que nunca em seus 40 anos de existência.

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3. Raposas Voadoras Australianas

Daniel Munoz / Reuters

Um dia, ficou tão quente em Queensland, Austrália, que foi reportado que 45.000 raposas voadoras (um tipo de morcego) caíram do céu. Não foi a primeira vez que esse fenômeno de mortalidade aconteceu. Milhares de morcegos morreram em um único dia antes, também devido ao calor. A Austrália, em particular, vem recebendo uma onda de calor que está ficando cada vez pior; desde 1960 o número de dias nos quais a temperatura quebrou recordes dobrou, de acordo com o Conselho de Clima.

Hoje, existem menos de 400.000 raposas voadoras de cabeça cinza no mundo.

4. Coalas

Kevin Lamarque / Reuters

Há algo entre 52.000 e 87.000 coalas selvagens na Austrália, de acordo com a Fundação Australiana de Coalas. Diversos fatores interferem no desaparecimento dos coalas, incluindo ataques de cachorros e desmatamento. Mas a União Internacional para a Conservação da Natureza nomeou o coala com um dos animais que mais é atingido pelas mudanças climáticas, principalmente por conta do aumento da quantidade de crescentes de carbono no ar dizimam o valor nutricional dos eucaliptos, a principal fonte de alimento dos coalas. Isso, combinado com os crescentes incêndios florestais e com secas, é uma mistura desastrosa para os coalas.

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5. Saigas

U.S. Fish And Wildlife Service / Via Creative Commons

Mais da metade dessa espécie de antílope semelhante ao Alf morreu em menos de um mês, como foi detalhado nesse artigo do New York Times. Cientistas disseram ao jornal que patógenos do sangue dos saigas que antes eram inativos, agora se tornaram venenosos com o aumento das temperaturas.

6. Ursos Polares

Ilya Naymushin / Reuters

Existem entre 20.000 e 25.000 ursos polares na Terra, de acordo com a Polar Bears International. Mas esses números são somente estimativas; há 19 populações de ursos polares no mundo, e três delas estão em declínio enquanto apenas uma delas está aumentando. Seis populações se encontram estáveis, e o estado de nove populações é completamente desconhecido.

O que é claro é que os habitats dos ursos polares estão em declínio acentuado. A perda de gelo marítimo está acontecendo com um ritmo mais rápido que o previsto. E os ursos polares precisam de gelo marítimo para caçar focas, sua principal fonte de alimento. Se nossas emissões continuarem com as taxas atuais, a Pesquisa Geológica dos Estados Unidos alerta que as populações de ursos polares irão "diminuir muito".

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7. Sage Grouses

Handout / Reuters / Via Bureau of Land Management

Esse pequeno pássaro esquisito se tornou um dos símbolos das alterações climáticas desde que o Congresso norte-americano lutou por sua inclusão nas lista de espécies ameaçadas deste ano. O sage grouse é capaz de se reproduzir e se alimentar nas estepes dos Estados Unidos, principalmente onde existem artemísias. Mas esse tipo de habitat é uma pequena área que está minguando no país. Ela diminuiu 56% nos últimos cem anos e, de acordo com a Audubon Society, até 2080 o sage gouse perderá 71% das terras de estepe onde eles se reproduzem. As secas severas estão diminuindo os campos de artemísias -- e essas secas se tornarão mais comuns com as alterações climáticas.

8. Ursos-do-mar

Justin Sullivan / Getty Images

Assim como os leões-marinhos, a fonte de comida dos ursos-do-mar são afetadas pelas mudanças climáticas. E, assim como os leões-marinhos, os lobos-do-mar estão ficando doentes e morrendo nas costas da Califórnia.

Tanto as focas antárticas quanto as do norte estão passando por uma diminuição da população graças aos efeitos das mudanças climáticas. Os cientistas descobriram que o desaparecimento do krill, o principal alimento dos ursos-do-mar, também está fazendo com que os ursos-do-mar tenham filhotes mais tarde e esses filhotinhos acabam nascendo menores.

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9. Pinguins-imperadores

lin padgham / Via Creative Commons

O pinguim-imperador é outro animal do Ártico -- o que significa que, assim como focas e ursos polares, ele está suscetível aos efeitos da perda de cobertura de gelo. Todo o ciclo de vida de um pinguim-imperador é determinado pelo gelo -- tanto na forma como as aves se reproduzem, como sua busca por alimento. O degelo afeta ambos os padrões e os pesquisadores acreditam que os resultados serão desastrosos; um estudo prevê que o número de pinguins-imperadores vai diminuir pelo menos em 19% até o final do século, com diversas colônias passando por declínios de mais de 50% de suas populações. Eles também dizem que 20% das populações de pinguins-imperadores poderiam ser "quase extintas."

Com o aquecimento do planeta, também estão sendo relatadas quebras de gelo que fazem com que os filhotes do pinguim sejam "arrastados para o oceano, afogando-se," de acordo com a IUNC.

10. Estrela-do-mar

Staff Photographer / Reuters

Milhões de estrelas-do-mar estão morrendo. Elas vêm aparecendo nas praias da costa oeste dos EUA, com membros faltando ou desordenados, devido a uma doença conhecida como "Sea Star Wasting Syndrome". Cientistas acreditam que águas mais quentes permitem que a doença se espalhe e prospere. Todos os surtos de doenças aconteceram onde a água está acima da temperatura média.

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