7 amigas pessoais de Dilma que têm poder no governo

Quem são, o que estão fazendo e qual é a relação delas com a presidente.

Marcelo Sayão/EFE

Das 39 pastas que compõem o alto escalão do governo federal -24 ministérios, 10 secretarias da presidência e outros 5 órgãos com o mesmo status, como Casa Civil- apenas 6 são ocupados por mulheres. No primeiro mandato de Dilma, eram 9.

Apesar de poucas, as mulheres poderosas do governo são escolhas pessoais da presidente e compartilham algumas características: têm uma relação de amizade com Dilma e defendem com unhas e dentes as posições do governo. Saiba quem são algumas delas:

1. Graça Foster, a "Dilma da Dilma"

Cargo: presidente da Petrobrás

O nome é Maria das Graças da Silva Foster, mas ela prefere ser chamada de Graça. Para Dilma, é "Gracinha" ou "Graciosa", apelidos que evidenciam a amizade das duas, que se conheceram em 1999, quando Dilma ocupava a Secretaria de Energia do Rio Grande do Sul e Graça era uma das gerentes da Petrobras responsáveis pela implantação do gasoduto entre a Bolívia e Brasil.

Ela é a primeira mulher no mundo a dirigir uma grande empresa de petróleo e no ano passado foi apontada pela Forbes como a 16ª mulher mais poderosa do planeta. A mídia chama Graça de "Dilma da Dilma", uma referência ao estilo sério e impaciente que faz a engenheira química lembrar a própria presidente.

A executiva enfrenta um período turbulento, com várias denúncias de corrupção que abalam a imagem da estatal --onde Graça entrou como estagiária, em 1978.

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2. Kátia Abreu, a "Rainha da Motosserra"

Cargo: Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Talvez uma das escolhas mais polêmicas de Dilma, a senadora do PMDB pelo estado de Tocantins é conhecida como "Rainha da Motosserrra" e "Miss Desmatamento" por causa da atuação em defesa do agronegócio.

Dilma e Kátia começaram a se aproximar em 2011, quando a senadora teceu vários elogios à presidente, apesar de ser uma opositora firme de Lula. Com o tempo, Kátia virou conselheira da presidente para assuntos ligados ao agronegócio.

A relação ficou tão próxima que Kátia foi a congressista que mais se reuniu com a presidente durante o primeiro mandato: foram seis audiências, segundo a agenda oficial da presidente. Dilma será ainda madrinha de casamento de Kátia.

3. Gleisi Hoffmann, o "trator" do governo

Cargo: senadora pelo Paraná, ex-ministra da Casa Civil

Gleise, que recebeu o nome dos pais em homenagem à atriz e princesa de Mônaco Grace Kelly, foi o braço direito de Dilma durante o primeiro governo da petista.

Ela se orgulhava de trabalhar em "linha direta" com a presidente, que disse em 2011 que "um amigo deixa o governo, e uma amiga assume seu lugar", em referência à saída de Antônio Palocci, antecessor de Hoffmann. Gleisi conheceu a presidente Dilma há dez anos, na equipe de transição para o primeiro governo do presidente Lula.

Ficou conhecida como "trator" por defender com intensidade os interesses do governo e ter protagonizado diversos embates com a oposição (mas Gleisi rejeita o título). Neste ano deu lugar a Aloisio Mercadante e voltou ao cargo de senadora.

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4. Izabella Teixeira, a "Dilma Verde"

Cargo: ministra do Meio Ambiente

Izabella não é filiada a partido político algum e tem um perfil extremamente técnico. A bióloga foi funcionária do Ibama e exerceu cargos de direção no Instituto, além de desempenhar outras funções no Ministério do Meio Ambiente e na Secretaria do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro.

Dilma bancou a nomeação de Izabella mesmo com protesto do PT, que queria um "protagonismo partidário na política ambiental brasileira".

O antecessor Carlos Minc, que deixou a pasta em 2010, disse que a ministra é “uma Dilma verde” e que "é uma pessoa ‘ecoansiosa’ para que as coisas aconteçam”. Izabella é próxima de Joaquim Levy, novo ministro da Fazenda -os dois participaram do governo Sérgio Cabral no RJ.

5. Ideli Salvatti, a "pitbull do PT"

Cargo: secretária de Direitos Humanos da Presidência da República

"A Ideli sempre foi um pitbull na defesa do PT e do governo", disse uma vez o ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia. A política sempre defendeu com unhas e dentes as posições do governo do PT desde a era Lula, a quem o ex-presidente se refere como "baixinha".

Ideli foi empossada por Dilma na secretaria de Direitos Humanos no ano passado, depois de passar pelo ministério da Pesca e pela secretaria de Relações Institucionais. Ao mudar de cargo, Dilma fez questão de citar Ideli como amiga.

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6. Tereza Campello, uma das 'mães' do Bolsa Família

Cargo: ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome

No início do governo Lula, em 2002, Tereza fez parte da coordenação do grupo de trabalho que concebeu o Bolsa Família. Ela também ajudou a formatar o programa econômico do ex-presidente.

A economista foi uma das fundadoras do PT e trabalha em governos petistas desde 1989. Apesar de ter nascido em São Paulo, criou raízes políticas no Rio Grande do Sul, onde trabalhou com Olívio Dutra, Raul Pont e Tarso Genro.

Tereza e Dilma são amigas desde o fim dos anos 80, quando se conheceram no RS. Posteriormente trabalharam juntas na Casa Civil quando Dilma foi nomeada ministra, em 2005.

7. Eleonora Menicucci, a companheira de luta e cela

José Cruz/ABr

Cargo: secretária de Política para as Mulheres

Formada em Ciências Sociais, Eleonora foi militante de esquerda da década de 70. Presa pela ditadura militar, dividiu a cela com a vizinha e colega de faculdade Dilma Rousseff no presídio tiradentes, em São Paulo. Assim como Dilma, Eleonora foi vítima de torturas durante o período em que esteve presa.

Em 2012 foi chamada para chefiar a Secretaria de Política para as Mulheres e convidada a continuar no cargo em 2015. Feminista, Eleonora diz que o aborto é uma questão de saúde pública e que as mulheres "devem ter direitos reprodutivos e sexuais respeitados."

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