Tudo o que você precisa saber para entender as polêmicas do Uber

Alternativa ao táxi já foi proibida em SP e no DF e encontra dificuldades em vários outros países.

Caso você não saiba, o Uber é um aplicativo que funciona como alternativa ao táxi e muitas vezes é chamado de "serviço de motorista particular". Para solicitar um carro basta fazer um cadastro e usar o app.

Divulgação/Uber

Todos os carros são pretos, têm ar condicionado, internet sem fio e água à disposição. O método de cobrança é automático e feito por cartão de crédito, que fica cadastrado no aplicativo. Os motoristas ficam com 80% do valor da corrida e o Uber com o restante. O Uber-X, serviço recém-lançado em São Paulo, conta com carros mais modestos e que não são necessariamente pretos. As corridas são mais baratas do que o táxi comum.

Confira a comparação de preços na cidade de São Paulo (o preço varia alguns centavos de acordo com a cidade):

Uber:

Tarifa base: R$ 5,00

Preço por minuto: R$ 0,40

Preço por quilômetro: R$ 2,42

Uber-X:

Tarifa base: R$ 3,00

Preço por minuto: R$ 0,35

Preço por quilômetro: R$ 1,43

Táxi comum, bandeira 1:

Bandeirada: R$ 4,50

Preço por minuto (parado): R$ 0,55

Preço por quilômetro: R$ 2,75

Táxi comum, bandeira 2:

Bandeirada: R$ 4,50

Preço por minuto (parado): R$ 0,55

Preço por quilômetro: R$ 3,58

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Para a Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Motoristas de Táxi, o aplicativo favorece o exercício ilegal da profissão, já que os motoristas cadastrados não têm qualquer licença para prestar serviço de transporte público.

Fotos Públicas

A tensão está tão alta entre os dois lados que um dos taxistas chegou a dizer que assunto "vai ter morte".

O Uber tenta pressionar os parlamentares pedindo que os usuários do serviço enviem e-mails contra a proibição para os deputados e vereadores. Segundo a empresa, mais de 200 mil e-mails a favor do Uber foram enviados desde o início da semana.

O Uber se defende das acusações de concorrência desleal dizendo que não é uma empresa de táxi, mas sim uma companhia tecnológica que conecta passageiros e motoristas, já que os carros são dos próprios condutores.

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Há controvérsias também sobre a forma agressiva e desleal do Uber gerenciar o próprio negócio. A companhia já pediu desculpas por sugerir que poderia contratar detetives para investigar jornalistas que escrevem matérias desfavoráveis ao serviço.

A companhia também comprovadamente realizou uma campanha desonesta para atrapalhar os negócios do rival Lyft nos EUA ao realizar centenas de pedidos de carros que logo eram cancelados.

Na Índia o aplicativo foi proibido depois da denúncia de que um motorista da empresa havia estuprado uma passageira.

No Brasil tem gente organizando protestos a favor do Uber, como este em Brasília, que já conta com mais de dois mil confirmados.

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