Nadadora Joanna Maranhão diz que não representará fãs de Cunha no Pan
Atleta criticou em vídeo no Facebook a aprovação da redução da maioridade penal e disse que não faz questão da torcida de quem bate palmas para Feliciano, Bolsonardo, Eduardo Cunha e Malafaia.
"Não consigo simplesmente dissociar a representatividade que tem eu estar vestindo a camisa e a bandeira do Brasil em um evento da pan-América e a política do meu país", diz Joanna.
No vídeo Joanna diz que sentiu um desgosto muito grande com a aprovação do projeto e que, para ela, o ato de vestir a camisa do Brasil em competições não pode ser separado da política do país. "Acho que são coisas entrelaçadas", diz.
A nadadora explica ainda porque não é a favor da redução da maioridade penal. "Não há nenhum dado que me convença que isso resolve violência. A gente sabe que no Brasil quem vai ser preso é menor de idade preto de favela."
A atleta diz que gostaria que os nossos problemas fossem resolvidos na raiz deles e que por isso que criou uma ONG para educar crianças.
"Minha ONG teria muito mais adesão se eu tivesse criado uma gangue para espancar pedófilo. As pessoas iam falar 'ah que legal, tem que espancar mesmo.' Mas como minha proposta é ter um outro caminho por meio da educação, demandam muito mais tempo, a adesão é pequena", diz Joanna.
No fim do vídeo Joanna dá um recado para quem é fã de Feliciano, Bolsonaro, Eduardo Cunha e Malafaia: "eu não vou estar representando essas pessoas. A torcida de vocês não faço questão nenhuma de ter."
Ela finaliza o vídeo com "um bom dia pra vocês. Se é que é possível".
