Pai que perdeu o filho na boate Kiss é processado por promotor
Paulo Carvalho está sendo acusado de calúnia, junto com outros dos pais, por promotores de Santa Maria (RS) que se sentiram ofendidos com reclamações e protestos sobre a tragédia.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul confirmou por meio de sua assessoria ao BuzzFeed Brasil que a denúncia foi feita. Há ainda dois outros pais que estão sendo processados por motivos semelhantes.
Apesar de dizer que a denúncia existe, o órgão não deu maiores detalhes do conteúdo do processo.
Paulo deixou um comentário no post agradecendo o apoio. "Obrigado pela solidariedade. A dor é para sempre, mas a paz que poderíamos ter... É barrada e estrangula as nossas mentes", escreveu.
Os outros pais estão sendo processados por colarem cartazes em protesto contra o promotor Ricardo Lozza na fachada do prédio onde funcionava a Kiss.
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O presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Sérgio da Silva, e o presidente do Movimento Santa Maria do Luto à Luta, Flávio José da Silva estão sendo acusados de calúnia e crime contra a honra.
Os cartazes exibiam uma foto do promotor com a frase: "O Ministério Público e seus Promotores também sabiam que a boate estava funcionando de forma irregular". Eles devem comparecer a uma audiência no início de outubro.
Em 2013, um dos sócios da boate Kiss pediu apuração da responsabilidade do promotor Ricardo Lozza no incêndio. A alegação citava que, em 2011, a boate Kiss já apresentava irregularidades e poderia ter sido interditada pelo Ministério Público. A solicitação foi arquivada.