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Procuradoria pede cassação de deputado bolsonarista que gastou R$ 74 mil em jantar

E pendurou a conta.

Campeão de votos para a Assembleia Legislativa do Paraná, Delegado Francischini (PSL) corre o risco de perder o mandato que ainda nem assumiu. A Procuradoria Regional Eleitoral protocolou nesta segunda-feira (7) uma representação contra Francischini para cassar o diploma de deputado estadual por irregularidades nas contas de campanha.

Francischini ganhou notoriedade em Brasília como deputado federal crítico da corrupção dos governos do PT e pela defesa da pauta da segurança pública. Bolsonarista de primeira hora, o deputado preside o PSL no Paraná. Em vez da reeleição, ele buscou uma vaga na Assembleia paranaense.

Segundo a Procuradoria, foram detectados gastos de campanha não quitados por Francischini. Entre eles, a conta de um jantar no tradicional restaurante Madalosso, de Curitiba. A despesa informada é de R$ 74.290,00.

O deputado afirmou ao BuzzFeed News por meio de sua assessoria que a despesa é relativa a vários eventos de campanha e que a dívida foi paga.

A nota do Ministério Público Eleitoral sobre o caso, no entanto, afirma outra coisa: "Da análise das contas do candidato, verificou-se a existência de gastos de campanha não quitados, dentre os quais se inclui um jantar promovido no restaurante Irmãos Madalosso, no valor de R$ 74.290,00".

Francischini arrecadou R$ 704.500 em sua campanha e deixou uma dívida de R$ 205 mil, segundo o site de prestação de contas de candidatos do Tribunal Superior Eleitoral. A despesa no restaurante, cujo nome oficial é Irmãos Madalosso, é a terceira maior da lista de gastos do deputado. Na declaração de gastos, a despesa consta como "Eventos de promoção da candidatura/contratação de salão para eventos".

A Procuradoria lembrou que a Lei Eleitoral não permite "a produção ou patrocínio de espetáculos ou eventos promocionais de candidatura" para evitar a troca de votos por vantagens. "Desta forma, a estratégia de livre distribuição de alimentos e bebidas como forma de arregimentar eleitores para participação em comícios mostra-se ilícita", afirmou nota do Ministério Público.

A Justiça ainda não se pronunciou sobre a representação da Procuradoria.

Na segunda-feira, Francischini se manifestou apenas por meio de uma nota no Facebook, em que alega que está sendo perseguido pela Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná.

Ele afirma que a procuradora Heloísa Helena pediu a cassação de seu mandato como retaliação por ele ter denunciado "irregularidades graves" nas urnas eletrônicas. As supostas irregularidades não foram comprovadas.

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