Governo de SP suspende pesquisa com “pílula do câncer” porque ela não funciona

    Instituto do Câncer de São Paulo afirma que a fosfoetanolamina sintética não trouxe benefício no tratamento de tumores.

    A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou nesta sexta (31) que vai suspender a inclusão de novos pacientes nos testes da fosfoetanolamina sintética, a chamada “pílula do câncer”.

    Sem comprovação científica, a droga foi divulgada como a "cura" para todo tipo de câncer. A suspensão ocorre porque não houve comprovação de eficácia.

    O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Faculdade de Medicina da USP, iniciou a pesquisa com 72 pacientes divididos em grupos de dez tipos de tumores. Desse total, 59 pacientes foram avaliados. E 58 deles não apresentaram “resposta objetiva”, o que não comprovou a eficácia do medicamento.

    Segundo o Icesp, apenas um paciente do grupo de melanoma (câncer de pele) apresentou resposta. Os outros nove grupos são: cabeça e pescoço, pulmão, mama, colo uterino, próstata, pâncreas, estômago, intestino e fígado.

    A pesquisa começou em julho do ano passado. Na primeira fase, os 72 pacientes foram submetidos ao tratamento com a substância. Caso tivesse resultado satisfatório, o Icesp daria prosseguimento à segunda fase, com a inclusão de 200 pacientes, ou seja, 20 em cada um dos grupos de tumor. E essa fase foi suspensa hoje.

    Os pacientes que já estavam em tratamento continuam sendo atendidos pelo Icesp, informou o instituto.

    A fosfoetonolamina sintética foi criada pelo professor de química da USP de São Carlos Gilberto Chierice há de 25 anos. Há dois anos, a droga se tornou uma polêmica nacional, quando a USP de São Carlos proibiu sua produção. O governo Dilma sancionou em abril passado uma lei permitindo o uso da "fosfo", a contragosto dos técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitário (Anvisa) porque não tinham sido feitos testes que aprovassem sua segurança e eficácia.






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