Paulinho da Força é suspeito de receber R$ 1 milhão para encerrar greve

    Deputado e líder da Força Sindical teria agido a favor de empresa portuária da Odebrecht. "Nunca recebi por negociar greve", diz ele.

    Líder da Força Sindical e apelidado pela Odebrecht de "Forte", o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) é investigado por supostamente intervir a favor dos patrões em greves de trabalhadores.

    A denúncia foi feita pelos executivos delatores da Odebrecht e está no inquérito 4.387 instaurado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

    Segundo o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Luiz Ayres da Cunha, Paulinho ajudou a encerrar uma greve de portuários em 2013 na Embraport, empresa do grupo em Santos. A "fatura" veio no ano seguinte, quando foi pago em caixa dois R$ 1 milhão para campanha do sindicalista. Foram duas parcelas, contaram os delatores.

    Delator conta como pagou R$ 1 milhão de propina para Paulinho da Força controlar uma greve.

    O deputado, que dias atrás chegou a ironizar a lista do STF dizendo que quem não estava nela se sentia desprestigiado, negou o crime de corrupção passiva.

    "Normalmente trabalho para encerrar greves, negociar. Nunca recebi nada por isso. Na Embraport, a greve foi contra o governo Dilma, que estava fazendo uma lei que favorecia a Odebrecht. Eles ocuparam um navio [em fevereiro de 2013] por alguns dias. Subi no navio para apoiar a luta", disse Paulinho em entrevista ao BuzzFeed Brasil.


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