Em 2012, o prefeito Fernando Haddad chegou a ser chamado de o "segundo poste de Lula". O primeiro era Dilma Rousseff, eleita no rastro do sucesso do ex-presidente. Haddad nunca tinha disputado nenhuma eleição e a presença do padrinho político o fez arrancar na reta final da campanha.
Hoje, Haddad é atacado pelos adversários justamente por causa de seu mentor.
Lula está com a popularidade em queda livre e foi denunciado pelos investigadores da Lava Jato por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. O prefeito diz que não faz as "contas" dos votos que pode perder com isso porque isso seria "desleal" e "indigno".
Numericamente, Haddad está em quarto lugar no Datafolha, com 9%.
Ex-petista, Marta Suplicy agora tem de se defender de adversários que tentam colá-la ao presidente Michel Temer e a políticos do PMDB, muitos deles encrencados na Lava Jato.
Marta já foi cobrada também por ter saído do PT se queixando da corrupção e ingressado no PMDB, do deputado cassado Eduardo Cunha (RJ).
Marta tem 21% das intenções de voto e está numericamente na segunda posição de acordo com o Datafolha.
João Doria (PSDB) também não escapa dos ataques sobre seu padrinho e, como ele diz, "ideal de gestão", o governador Geraldo Alckmin.
O tucano sofre desgaste com as denúncias de corrupção na merenda escolar e com a violência policial nos protestos de rua pelo "Fora Temer".
Doria tem 16% das intenções de voto, segundo o Datafolha de 12 de setembro. Ocupa, em termos numéricos, o terceiro lugar.
À frente nas pesquisas, Celso Russomanno (PRB) também tem uma cruz para carregar: o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Nogueira, que tem defendido ideias polêmicas como 12 horas de trabalho diárias, é do PTB, mesmo partido da candidata a vice de Russomanno, Marlene Campos Machado.
Celso Russomanno tem 26% das intenções de voto segundo o Datafolha.
Luiza Erundina (PSOL) está em um partido pequeno, mas tem de responder por uma antiga aliança. Michel Temer, a quem ela hoje chama de golpista, foi candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa encabeçada por ela, em 2004.
Na ocasião, ainda no PSB, ela disputou contra Marta, que tentava a reeleição pelo PT, e José Serra, que saiu vitorioso.
Segundo o Datafolha de 12 de setembro, Erundina está em quinto lugar, com 7%.