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Na base de Temer, programa do PSDB critica "presidente sem apoio popular" e "toma lá, dá cá"

"Se tem um erro que não vamos cometer é o de defender o indefensável", diz trecho do programa, que traz uns bonequinhos recebendo o seu para apoiar o governo.

Com quatro ministérios no governo Temer e uma fratura exposta desde que sua bancada rachou na votação sobre o prosseguimento da investigação de Michel Temer por corrupção, o PSDB condenará em rede nacional o fisiologismo e o "presidencialismo de cooptação".

A peça, que vai ao ar na quinta (17), já vinha provocando celeuma entre os tucanos que querem ficar e os que querem sair da base do governo desde a semana passada, quando, como aperitivo, foram ao ar spots em que o partido admitia ter errado (mas sem deixar claro exatamente qual o erro).

Elaborada pelo publicitário Einhart Jacome, a propaganda vai mais longe que o mea-culpa. Sem citar diretamente Temer, a peça tucana critica "presidentes sem força para governar e sem apoio popular."

"Pois é, governos em crise e presidentes sem força para governar e sem apoio popular. Tudo isso está acontecendo agora, mas é antigo também", diz um dos quatro atores da propaganda.

"Não existe salvador da Pátria. O problema está no sistema, no chamado presidencialismo de coalizão, que no Brasil virou um presidencialismo de cooptação", completa outra atriz.

Com uma animação, a propaganda exibe em que cada bonequinho recebe o seu para apoiar o governo.

"Presidencialismo de cooptação é quando um presidente tem de governar negociando individualmente com políticos ou com partidos que só querem vantagens pessoais e não pensam no país", explica a propaganda do PSDB.

O presidente interino da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), banca politicamente a propaganda e foi um dos poucos políticos a assisti-la. A peça foi mostrada também ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O programa foi repassado ainda ontem para ser testado em grupos de pesquisa qualitativa e pode receber pequenos ajustes até a divulgação na quinta-feira.

Sem a participação de nenhum político, o programa relembra as origens do partido e defende o parlamentarismo. "Dessa forma o governo não se contamina com aquele velho 'toma lá, dá cá", diz um dos atores do comercial.

Numa espécie de mea-culpa, o PSDB admite que aceitou como "natural" o fisiologismo, "que é a troca de favores individuais e vantagens pessoais" na política. O partido diz ainda que é preciso se retratar por todas as vezes em que a legenda cedeu "ao jogo da velha política".

A mostra mais recente do balcão de negócios do governo foi a negociação de bilhões em emendas parlamentares para que a denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer fosse rejeitada na Câmara.

A negociação foi pilotada pessoalmente pelo ministro tucano Antonio Imbassahy (BA), da Secretaria de Governo.

Com cenas que mostram brigas entre senadores, com destaque para o petista Lindbergh Farias (RJ), o programa de TV diz que é "chocante" o que ocorre no Senado. Em seguida, o partido "lamenta" pelas mensagens que os políticos transmitem com esses comportamentos.

"Mas se tem um erro que não vamos cometer é o de defender o indefensável", diz outro trecho do programa.

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