Doria faz cerimônia para anunciar emprego para 01 pessoa necessitada

    Prefeito e vereador Eduardo Suplicy (PT) fizeram de emprego obtido por irmão de ambulante morto uma oportunidade para posar para fotos diante da imprensa. Teve momento de constrangimento quando Soninha Francine foi aplaudida por ter chegado 4 minutos atrasada.

    O prefeito João Doria (PSDB) convocou jornalistas e três secretários municipais para dizer que o irmão do ambulante Luiz Carlos Ruas, morto a pancadas dentro do metrô no Natal, vai trabalhar em uma empresa privada que presta serviços à prefeitura em São Paulo.

    Os secretários convocados eram Eliseu Gabriel, do Trabalho, Patrícia Bezerra, de Direitos Humanos, e Soninha Francine, de Assistência Social. Nenhum programa dessas três pastas foi anunciado no evento.

    Para a entrevista coletiva, foram mobilizados pelo menos 20 profissionais, entre repórteres, cinegrafistas e fotógrafos, além dos assessores dos secretários e da prefeitura.

    O empresário André Meira representou a empresa Soma, de limpeza urbana, e até pegou no microfone para explicar como será o emprego de Reginaldo Ruas.

    Doria faz coletiva de imprensa para anunciar que conseguiu emprego com empresário para Reginaldo Ruas, irmão do amb… https://t.co/hN3spEkhlK

    A cena lembrou esses programas de TV que atingem audiência ajudando famílias na pior.

    Segundo Doria, a ideia de fazer o evento surgiu de uma conversa entre ele e o vereador Eduardo Suplicy (PT), quando o petista lhe telefonou para pedir ajudar à família Ruas.

    Na foto abaixo, o tucano e o petista posam junto com Reginaldo Ruas, irmão do ambulante morto.

    Suplicy aproveitou o encontro para entregar uma carta com relatos sobre as necessidades dos ambulantes para uma política pública na cidade. Doria ficou de analisar o pedido.

    Houve um momento de constrangimento no início da solenidade, quando o prefeito João Doria pediu palmas a Soninha Francine (PPS) durante uma entrevista coletiva, após a secretária chegar 4 minutos atrasada ao encontro.

    Doria pede palmas para Soninha, 4 minutos atrasada. E chama de Lei Soninha a regra de multar secretários atrasados.

    O tucano citou o termo "Lei Soninha", referindo-se à decisão de cobrar multas dos secretários municipais — R$ 200 ou R$ 400, a depender do tempo de espera — para cada atraso.

    A ideia surgiu após, no segundo dia de governo Doria, Soninha chegar 40 minutos atrasada no evento em que os secretários se juntaram ao prefeito vestidos de gari.

    Nesta sexta (6), outra secretária de Doria, Patrícia Bezerra (PSDB), classificou o termo "Lei Soninha" como "linguagem sexista", em carta enviada ao jornal Folha de S.Paulo.

    "O que precisamos é de uma ampla faxina na linguagem sexista da imprensa", escreveu a titular de Direitos Humanos.

    No Twitter, algumas pessoas desaprovaram a atitude de Doria.

    Eu discordo de várias atitudes da Soninha, mas não acho que ela mereça esse assédio moral disfarçado de gracejo. https://t.co/OT4WjQ9JdF

    Outras concordaram com a secretária Patrícia Bezerra, e consideraram a postura machista.

    Seria o caso de se perguntar se ele faria isso com secretários homens, ou ele é escroto assim com todo mundo, e con… https://t.co/TfEIIPsTjU

    Algumas ficaram na dúvida: e a Soninha, o que acha?

    Taí, mais uma coisa que eu aprendi, o que é o assédio moral. Curiosa pra saber se a @SoninhaFrancine tb acha que is… https://t.co/FxnpEwNKd5

    Imagina seu chefe fazendo isso numa reunião. https://t.co/2mTnEiO1zg

    A secretária Soninha foi procurada pelo BuzzFeed Brasil e sua assessoria declarou que ela não ficou constrangida.


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