O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta terça (27) que montará um ministério para abrigar questões como mulheres e igualdade racial.
O capitão reformado, no entanto, não confirmou se o nome será Ministério da Cidadania nem se o responsável pela pasta será o senador Magno Malta (PR-ES), derrotado na campanha à reeleição.
"Vai ter um ministério que vai envolver tudo isso aí: mulher, igualdade racial, tá certo?", disse Bolsonaro em entrevista à imprensa, em Brasília.
Bolsonaro anunciou hoje seu 13º ministro: Tarcísio Gomes Ferreira, da Infraestrutura. Segundo Bolsonaro, o governo terá, no máximo, 20 ministérios.
Depois de anunciar a extinção do Ministério do Trabalho e voltar atrás, Bolsonaro afirmou hoje que "ninguém vai mexer na legislação trabalhista; se vai ser ministério ou não, é outra história".
O presidente eleito também tentou acalmar os ânimos depois do anúncio do general Carlos Alberto dos Santos Cruz como ministro da Secretaria de Governo. Parlamentares se queixaram de que o general não tem experiência em lidar com o Congresso e aliados de Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, temem que ele perca parte do poder na montagem do governo Bolsonaro.
"Onyx Lorenzoni vai ser o comandante dessa área", disse Bolsonaro sobre a articulação política. Mas não negou que o general vá atuar, de maneira compartilhada com Onyx, junto ao Congresso.
"Santos Cruz também vai ter responsabilidade nessa área. Ele muitas vezes teve audiência no Parlamento, sabe como funciona", disse Bolsonaro, afirmando que também fará, pessoalmente, a articulação com os parlamentares.
"Pergunta pro Temer"
Questionado pelos jornalistas sobre o aumento salarial concedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo Congresso e sancionado pelo presidente Michel Temer (MDB), Bolsonaro falou:
"Pergunta pro Temer, pô. O Temer que decidiu sancionar, tá ok?"