23 formas de uma mulher empoderar a outra indicadas por ONGs e coletivos feministas

Atitudes e ações práticas para que empoderamento seja mais do que uma palavra da moda.

BuzzShe

Pedimos para mulheres à frente de ONGs, coletivos e publicações feministas dar dicas práticas de como mulheres podem empoderar umas às outras. A Viviane Duarte do Plano Feminino, a Maíra Liguori do Think Olga, a Monique Evelle do Desabafo Social, a Nathalia Parra da Frente Feminista Casperiana Lisandra (coletivo de alunas faculdade paulistana Fundação Casper Líbero), a Letícia Bahia da revista AzMina, a Raquel Marques da ONG Artemis e as meninas da revista teen feminista Capitolina responderam com estas sugestões.

1. Seja a amiga que você gostaria de ter.

Revista Capitolina / Instagram / Via instagram.com

Valorize as qualidades de suas amigas e faça elas acreditarem que podem fazer acontecer. E sempre dê apoio a uma amiga que precisa de colo.

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2. Não veja outra mulher como rival só por ela ser mulher, no geral.

Revista Capitolina / Via revistacapitolina.com.br

E, no específico, esqueça a competição com outra mulher por um homem. Não vai ser difamando e agredindo a sua igual que você vai garantir que ele goste de você.

3. Você não é obrigada a ser amiga de todas as mulheres que conhece – se não curte alguém, se distancie, mas nunca seja a pessoa que diminiu a imagem de uma mulher.

Plano Feminino / Instagram / Via instagram.com

Criticar as roupas, o corpo, a atitude "barraqueira" de alguém são comportamentos em grande parte misóginos que não precisamos reproduzir.

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4. Não aproveite da falta de autoestima de uma mana para ser abusiva (sim, pode acontecer entre mulheres também!).

5. Vibre pelas conquistas de outras mulheres.

Desabafo Social / Instagram / Via instagram.com

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6. Mostre os trabalhos de outras mulheres para o mundo e não apenas o seu.

Larissa Ribeiro / Revista AzMina / Via instagram.com

7. Se tiver a oportunidade, indique mulheres, quando qualificadas, para uma vaga de trabalho ou uma promoção.

Think Olga / Instagram / Via instagram.com

E, na escola ou faculdade, elogie sua colega, mesmo que não sejam próximas. Se ela for inteligente, bondosa, generosa, simpática, diga!

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8. Na escola ou faculdade, não deixe professores sacanas ou colegas cruéis mexerem com as minas, sejam elas suas amigas ou não.

A escola pode ser um ambiente sufocante e a adolescência é um período difícil. Imagina para aquelas entre nós que têm mais dificuldade em fazer amizades ou que passam por bullying? Precisamos ter empatia e nos defender.

9. Respeite o jeito de cada uma: tanto de quem gosta de ficar em casa estudando como de quem sai e beija muito na boca.

Revista Capitolina / Via instagram.com

E de todos os espectros possíveis entre um e outro!

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10. Na balada, se um homem for inconveniente com minas na sua frente, pode intervir sim – avaliando o risco, claro.

Casais de lésbicas, por exemplo, são um alvo frequente de quem acha que pode "pedir para participar".

11. Divulge as organizações que apoiam mulheres que precisam de um aborto, como a Women Help Women ou a safe2choose.

Think Olga / Instagram / Via instagram.com

Não há risco legal em divulgar esse tipo de trabalho, mas pode ajudar a salvar a vida de uma mulher.

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12. Você não precisa se engajar politicamente com tudo: às vezes só dar o exemplo com seu comportamento na vida é uma forma de ajudar outras mulheres.

Artemis / Instagram / Via instagram.com

13. Aprenda a perdoar a sua mãe, mesmo que sua forma de pensar seja muito diferente da dela: ela também é uma mulher em um mundo machista.

Artemis / Instagram / Via instagram.com

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14. Ouça. Às vezes mais do que falar sobre feminismo é importante apenas ouvir o que outra mulher pensa, sente e viveu.

Plano Feminino / Instagram / Via instagram.com

15. Converse com mulheres mais novas que você, e também muito mais velhas. O mundo muda muito rápido e às vezes a visão de gerações diferentes pode ser muito esclarecedora.

O cartaz diz "sem a Hermione o Harry teria morrido no primeiro livro".

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16. Sempre respeite o tempo de outra mulher. Ninguém nasce desconstruída.

Conhecimento e empoderamento exigem tempo, dedicação e informação. Seja parte do que ajuda, não do que atrapalha.

17. Não use palavras difíceis com outras mulheres que começaram a entender agora o que é feminismo. Não é uma competição de quem sabe mais.

Colabore com mulheres que estão querendo saber mais sobre feminismo indicando espaços onde a mulher tem voz, como reuniões de coletivos feministas.

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18. Não subestime uma mulher que pensa diferente de você. Se em vez disso você a acolher, pode enriquecer o debate.

Ana Maria Sena / Via revistacapitolina.com.br

Compreenda que existe uma opressão em comum entre nós: o patriarcado, mas que somos diferentes e que temos que aprender a lidar com essas diferenças.

19. Se conhecer uma mulher vítima de violência doméstica, informe-a e dê apoio emocional – mas jamais cobre uma atitude dela. Ela fará isso quando estiver pronta.

Arte: Larissa Ribeiro para revista AzMina / Via instagram.com

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20. Ouça de coração aberto as minas que, além de serem minas, pertencem a outras minorias.

Desabafo Social / Instagram / Via instagram.com

Muito do que vemos e ouvimos na mídia ou na internet sobre pessoas negras, indígenas, mulheres trans, lésbicas e outras minorias vem de pessoas que na verdade não vivem essas realidades, e isso faz muita diferença sim.

21. Saiba reconhecer seus privilégios e procure sempre lembrar deles na hora de analisar opressões sofridas por mulheres, sem ficar na defensiva.

Ter privilégios não significa que você fez algo errado, e ouvindo pontos de vista diferente você pode aprender como pode ajudar sem tirar a visibilidade de outras mulheres.

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22. Se você é uma mulher de pele branca, não afirme que é – ou se sente – negra. Senão, as mulheres negras nunca terão voz.

Enquanto nos EUA é suficiente uma gota de sangue para alguém ser considerada negra, no Brasil é o fenótipo que decide se as mulheres negras serão ou não estatística – houve um aumento de 54% nos homicídios de mulheres negras e uma redução de 9,8% de mulheres brancas.

23. Trabalhe para que as pautas das negras ganhem mais visibilidade, ainda que o que você possa fazer por isso seja ficando quieta.

Uma mulher branca tem menos chances de levar um enquadro da polícia, e não há nada que você possa fazer de imediato contra isso, mas pode colaborar percebendo seu lugar de fala.

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Em março, o BuzzFeed Brasil celebra todas as formas de ser mulher. Acesse os demais conteúdos do Mês das Mulheres aqui.

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