Líder da Rede e pré-candidata à presidência da República, a ex-senadora Marina Silva disse esperar que em 2018 exista uma operação ‘Lava Voto’ para a retirada de políticos acusados de corrupção do poder.
Segundo ela, o país vive uma “situação devastadora” em termos políticos e, apesar manifestações populares não fazerem parte do cenário, a sociedade estaria num estado de latência que explodirá no pleito de 2018.
As declarações foram dadas após a sessão de quinta-feira do Supremo Tribunal Federal, última do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre quem Marina teceu elogios.
“Tive a oportunidade de ver, em função de estar acompanhando a votação do código florestal, o discurso de despedida do procurador Rodrigo Janot, um discurso corajoso de alguém que sai, com certeza, com a consciência tranquila de que fez sua parte em defesa do Brasil que queremos e da Constituição que aprovamos em 1988”.
A ex-senadora ainda criticou os políticos investigados pela Lava Jato dizendo que já não estão mais buscando defesas individuais, e sim tentando alterar leis para evitar punições pelos casos revelados de corrupção.
“Eles estão trabalhando para que suas defesas sejam, não individuais, mas sistêmicas, mudando as leis no Congresso para promover impunidade”, disse.
Questionada sobre 2018, disse ter grande senso de responsabilidade com o que está acontecendo no país e com os cerca de 20 milhões de votos que recebeu em 2014. Ela ainda demonstrou mágoas com a derrota para Dilma Rousseff, dizendo que houve uma fraude eleitoral.
“A fraude eleitoral da mentira, a fraude eleitoral da corrupção e a fraude eleitoral do abuso do poder econômico.”